Investigação começou em outubro, após criança relatar o caso a professora em aula de educação sexual. Menina tem 9 anos e está com a avó paterna. Mãe não foi encontrada, diz polícia.
Por Paula Resende e Vitor Santana, G1 GO
A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (26) um produtor
agropecuário de 43 anos suspeito de ser conivente com abusos sexuais da
própria filha, de 9 anos, em Hidrolândia.
Segundo as investigações, a
mãe da criança era quem cometia o crime.
A mulher não havia sido
localizada até a última atualização desta reportagem.
Ela tem 33 anos e
está grávida.
O fato começou a ser apurado em outubro, após a criança relatar o caso a
uma professora durante uma aula de educação sexual.
Em depoimentos
dados durante as investigações, o produtor agropecuário e a mulher
negaram o crime.
"Em dez anos de polícia não tinha visto algo parecido, menina sendo
abusada pela mãe com a omissão do pai.
Ele tem a obrigação de impedir e
não o fez.
Por isso, também foi indiciado por estupro de vulnerável",
disse o delegado Diogo Rincón.
Investigação
As investigações duraram quatro meses.
“Essa história começou quando a
menina, ao ver um vídeo de educação sexual na escola, contou para a
professora, que levou o caso ao Conselho Tutelar, que por sua vez
denunciou à polícia.
A suspeita é que esses abusos vinham acontecendo há
dois anos”, disse o delegado.
Diante da prisão do pai, a criança se mudou para a casa da avó paterna.
“Os abusos aconteciam, a princípio, dentro da casa da criança”,
completou o delegado.
Rincón disse que a menina confirmou, em depoimento, os abusos.
"Eu a ouvi, ela afirmou categoricamente que era abusada."
"Ela já tinha falado para o pai, e ele disse 'fica quieta e vai dormir, amanhã você esquece disso'", disse o delegado.
O delegado ressaltou que a criança está abalada.
"O laudo psicológico
constatou que a menina apresenta traumas psicológicos.
A criança está
completamente perturbada", relatou.
O G1 esteve no Conselho Tutelar, que informou não poder passar detalhes sobre o caso.
O homem foi levado para o Presídio de Hidrolândia, onde vai aguardar o
andamento do processo.
De acordo com o Código Penal, a pena para esse
crime varia de 8 a 15 anos de prisão.
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