Senadores rejeitaram projeto que evitaria 'apagão' no governo Trump na madrugada deste sábado (20). Democratas exigiam negociação sobre situação de imigrantes para votar aumento do gasto militar.
Por G1
Em meio à paralisação das atividades do governo de Donald Trump, no dia de seu 1º aniversário,
o presidente dos Estados Unidos criticou os democratas ao dizer que
eles estão mais preocupados com os imigrantes que com a segurança
militar.
Na madrugada deste sábado (20), o Senado dos Estados Unidos rejeitou uma extensão provisória do orçamento federal, que poderia evitar um "apagão" da máquina pública.
Na madrugada deste sábado (20), o Senado dos Estados Unidos rejeitou uma extensão provisória do orçamento federal, que poderia evitar um "apagão" da máquina pública.
Com 50 votos a favor e 49 contra, o projeto-tampão, que garantiria o
funcionamento do governo por 1 mês com um orçamento provisório,
fracassou entre os senadores.
Para chegar a um acordo, eram necessários 60 dos 100 votos.
A paralisação começou oficialmente à 0h (3h, em Brasília).
Para chegar a um acordo, eram necessários 60 dos 100 votos.
A paralisação começou oficialmente à 0h (3h, em Brasília).
Em sua página no Twitter, Trump afirmou que os democratas estão bem
mais preocupados com os imigrantes ilegais do que com "nossa importante
segurança militar".
"Eles poderiam ter facilmente fechado um acordo mas
decidiram brincar de "apagão", escreveu.
Ele acrescentou que este é o aniversário de 1 ano de sua presidência e os democracas quiseram dar a ele "um belo presente".
Ele acrescentou que este é o aniversário de 1 ano de sua presidência e os democracas quiseram dar a ele "um belo presente".
Gasto militar e imigração no orçamento
Os republicanos, que dominam o Senado e a Câmara, querem um orçamento
para 2018 que aumente o gasto militar, uma promessa de campanha de
Trump, que considera que as forças armadas têm equipamentos
insuficientes após mais de 16 anos de guerra ininterrupta.
Mas, para um novo acordo temporário ou permanente, a oposição democrata
exige em troca de seu voto uma solução para os "dreamers", jovens que
entraram nos Estados Unidos ilegalmente quando eram crianças.
Eles correram risco de deportação após Trump revogar, em setembro do ano passado, o programa Daca da era Obama,
que lhes garantia residência temporária.
Na semana passada, Justiça suspendeu a decisão de revogar o programa, porém o futuro desses jovens segue indefinido.
Na semana passada, Justiça suspendeu a decisão de revogar o programa, porém o futuro desses jovens segue indefinido.
'Não negociaremos'
A Casa Branca advertiu neste sábado (20) que "não negociará" com os
democratas a situação migratória para manter a máquina pública em
funcionamento e chamou a oposição de "perdedores".
"Não negociaremos a situação dos imigrantes ilegais, enquanto os
democratas mantêm nossos cidadãos legais reféns das suas irresponsáveis
exigências", disse a Casa Branca, através de um comunicado.
O governo de Donald Trump iniciou a meia-noite um "apagão" parcial das
suas atividades pela falta de fundos para financiá-las depois que
republicanos e democratas não entraram em um acordo no Congresso sobre o
orçamento.
A Câmara de Representantes aprovou na quinta-feira (18) à noite uma extensão de quatro semanas do orçamento, até 16 de fevereiro, por 230 votos contra 197.
Mas as perspectivas já eram sombrias no Senado, porque a minoria do
Partido Democrata, ansiosa para aproveitar os acordos orçamentários para
resolver a questão migratória, tinha a intenção de bloquear qualquer
votação.
'Shutdown'
Este é o primeiro "shutdown" (apagão do governo) desde outubro de 2013,
quando 800 mil funcionários enfrentaram uma paralisação técnica durante
mais de duas semanas.
Com as contas congeladas, funcionários de agências e escritórios
federais considerados não essenciais vão receber a ordem de ficar em
casa até que um orçamento seja aprovado.
Escritórios centrais, como a Casa Branca, o Congresso, o Departamento
de Estado e o Pentágono permanecerão operacionais, mas com equipes
reduzidas.
Os militares deverão se apresentar para trabalhar, mas a tropa -
inclusive as que estão em áreas de combate - possivelmente não receberão
por esses dias.
Em dezembro, o Congresso já se encontrou na mesma situação, e nos
últimos instantes os dois partidos fecharam um acordo para estender o
orçamento até 20 de janeiro.
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