Stephen Paddock surpreendeu Marilou Danley com passagem para que ela fosse visitar família nas Filipinas dias antes de cometer ataque que matou 58 e feriu mais de 500. Ele também enviou dinheiro e 'se dedicava à ela mais do que a qualquer um', segundo irmão.
Por G1
Marilou Danley, namorada do autor do ataque em Las Vegas que matou 58 pessoas e deixou mais de 500 feridos no domingo,
não fazia ideia dos planos dele, garantiu nesta quarta (4) seu
advogado.
Ela prestou seu primeiro depoimento oficial horas depois de desembarcar nos EUA vinda das Filipinas, onde estava desde o dia 25 de setembro.
Danley, de 62 anos, não é considerada suspeita, mas é tratada como uma “pessoa de interesse” no caso e vinha colaborando com a investigação por telefone desde o primeiro dia.
Em um comunicado divulgado após o depoimento, seu advogado afirmou que
ela não desconfiava de nenhum plano violento de Stephen Paddock, e que
não observou nenhum comportamento que pudesse servir de alerta,
descrevendo-o como um “homem carinhoso e quieto”.
"Conheci Stephen Paddock como um homem bondoso, carinhoso e tranquilo",
diz o comunicado.
"Ele nunca me disse nada nem tomou nenhuma ação que eu entendesse como uma advertência de que algo horrível como isso pudesse ocorrer...
Nunca me ocorreu que ele estava planejando um ato violento".
Danley viajou para as Filipinas, onde vive parte de sua família, três dias antes de Paddock se hospedar em um quarto no 32º andar no Mandalay Bay, em Las Vegas, de onde atirou na multidão que assistia a um festival de música country.
As investigações apontam que ele levou dias transportando armas até o local a partir de sua casa em Mesquite.
Segundo a Rádio França Internacional, Danley nasceu nas Filipinas, mas também tem nacionalidade australiana.
Ela se mudou para Queensland, na
Austrália, no final dos anos 70, onde se casou com um homem com quem
viveu 10 anos, até obter a cidadania.
De acordo com a mídia australiana, no final dos anos 80, ela se mudou
para os Estados Unidos, onde se casou com o americano Geary Danley, em
1990, no Estado do Nevada.
O casal se separou em 2015, mesma época em que Marilou Danley teria conhecido Paddock em um cassino no qual ela trabalhava e ele costumava apostar.
A emissora Seven News, da Austrália, entrevistou duas irmãs de Danley,
Liza Werner e Amelia Manango, que moram no país, e elas disseram que a
viagem da irmã às Filipinas foi planejada por Paddock.
Poucos dias antes do embarque, ele surpreendeu a namorada dizendo que tinha encontrado uma tarifa barata e comprado a passagem para que ela pudesse visitar familiares.
Um irmão de Danley, Reynaldo Bustos, foi entrevistado pela ABC News, e
disse que telefonou para ela assim que soube do ataque.
“Relaxe, não devemos nos preocupar com isso.
Vou consertar isso.
Não entre em pânico.
Tenho a consciência tranquila”, teriam sido as palavras da namorada do
atirador, contou.
O irmão de Stephen Paddock, Eric, disse ao jornal “The New York Times”
que seu irmão amava e se dedicava à namorada, mais do que a qualquer
outra pessoa, inclusive sua própria família.
Ele acredita que o atirador planejou a viagem dela e enviou US$ 100 mil para uma conta nas Filipinas como uma forma de “cuidar dela” para que ela não fosse suspeita de envolvimento e tivesse amparo financeiro após sua morte.
No comunicado divulgado nesta quarta, Danley falou sobre a surpresa com
a viagem repentina e o depósito em sua conta.
"Eu estava agradecida, mas, honestamente, também estava preocupada que fosse uma forma de romper comigo.
Primeiro, pela inesperada viagem para casa, depois pelo dinheiro", explicou.
"Estou devastada pelas mortes e pelos feridos.
Minhas orações são para as vítimas e suas famílias e todos aqueles que foram afetados por esse terrível evento", acrescentou, concluindo o texto lido por seu advogado.
Minhas orações são para as vítimas e suas famílias e todos aqueles que foram afetados por esse terrível evento", acrescentou, concluindo o texto lido por seu advogado.
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