Condenada por mandar matar o marido, em Americana (SP), Lúcia de Fátima Dutra Weisz, de 61 anos, estava foragida desde 1995. Capturada no Paraná, ela reconheceu o policial duas décadas depois.
Por G1 Campinas e região
![Lúcia de Fátima Dutra Weisz, de 61 anos, conhecida como Lúcia de Fátima Dutra Weisz, de 61 anos, conhecida como](https://s2.glbimg.com/1X4mbY3tWNTj-p5Wv_VuSmJ_S78=/119x0:1600x1440/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/g/p/WECgPBQriiUm0L6eSpZg/viuva.jpeg)
Lúcia de Fátima Dutra Weisz, de 61 anos, conhecida como "Viúva Negra" (Foto: Polícia Civil).
O investigador responsável por prender Lúcia de Fátima Dutra Weisz, de 61 anos, conhecida como "Viúva Negra",
em Ponta Grossa (PR), na última quinta-feira (5), é o mesmo que a
capturou depois do crime pela qual foi condenada a 14 anos de prisão -
homicídio qualificado do marido, 21 anos atrás.
Mulher foragida há mais tempo no Brasil - escapou da cadeia de Sumaré (SP) em 1995 -, a "Viúva Negra" foi apresentada nesta sexta (6) pela Polícia Civil de Campinas (SP).
Mulher foragida há mais tempo no Brasil - escapou da cadeia de Sumaré (SP) em 1995 -, a "Viúva Negra" foi apresentada nesta sexta (6) pela Polícia Civil de Campinas (SP).
Adinei Brochi era investigador em Americana (SP) na época do crime, em
março de 1995, e atua em Campinas atualmente.
Nunca deixou de procurar por Lúcia nesses 21 anos - ela fugiu da cadeia em 20 de dezembro de 1995, aproveitando um resgate de outro preso.
Neste ano, durante um cruzamento de informações, a pista do paradeiro da "Viúva Negra" esquentou.
Nunca deixou de procurar por Lúcia nesses 21 anos - ela fugiu da cadeia em 20 de dezembro de 1995, aproveitando um resgate de outro preso.
Neste ano, durante um cruzamento de informações, a pista do paradeiro da "Viúva Negra" esquentou.
Foram seis meses de investigação, que revelaram a rotina e como vivia
Lúcia nesses últimos anos.
Segundo o investigador, depois de fugir de Sumaré ela rumou para Curitiba (PR).
Passou ainda pela região de Araçatuba (SP), e revezava, nos últimos 15 anos, passagens pela região de Guararapes (SP) e Ponta Grossa (PR).
Teve ainda passagens por áreas rurais do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Segundo o investigador, depois de fugir de Sumaré ela rumou para Curitiba (PR).
Passou ainda pela região de Araçatuba (SP), e revezava, nos últimos 15 anos, passagens pela região de Guararapes (SP) e Ponta Grossa (PR).
Teve ainda passagens por áreas rurais do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
De acordo com os policiais, a "Viúva" levava uma vida reclusa e jamais
fazia ligações em aparelhos fixos ou móveis, usando apenas telefones
públicos.
Há informações de que apenas uma irmã e o filho sabiam do seu paradeiro.
Há informações de que apenas uma irmã e o filho sabiam do seu paradeiro.
![Mulher foragida há mais tempo no Brasil, 'Viúva Negra' é presa pelo mesmo investigador Mulher foragida há mais tempo no Brasil, 'Viúva Negra' é presa pelo mesmo investigador](https://s03.video.glbimg.com/x720/6200506.jpg)
Mulher foragida há mais tempo no Brasil, 'Viúva Negra' é presa pelo mesmo investigador.
'Ficou surpresa'
Delegado do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 2
(Deinter-2), Luís Segantin contou que equipes da Polícia Civil de
Campinas prenderam a "Viúva" em uma agência bancária.
"Polícias da Delegacia Especializada Antissequestro (Deas) e da
Inteligência da 1ª Seccional de Campinas se dirigiram até Ponta Grossa, e
contaram com apoio da Polícia Civil do Paraná.
Eles seguiram os passos delas, confirmaram o endereço, e conseguiram fazer a prisão."
Eles seguiram os passos delas, confirmaram o endereço, e conseguiram fazer a prisão."
Segundo Segantin, Lúcia ficou "surpresa" e reconheceu o investigador que a havia prendido em 1995.
"Segundo o policial ela ficou pasma.
Chegou a dizer que ele havia envelhecido."
Recorde
De acordo com Segantin, a Viúva Negra era a mulher foragida há mais
tempo no Brasil.
Ela será encaminhada ao sistema carcerário para cumprir o resto da pena, mas a localização do presídio para qual a criminosa seria levada não foi fornecida por questões de segurança.
Ela será encaminhada ao sistema carcerário para cumprir o resto da pena, mas a localização do presídio para qual a criminosa seria levada não foi fornecida por questões de segurança.
![Policiais de Campinas (SP) efetuaram a prisão da Viúva Negra em Ponta Grossa (PR) (Foto: Fernando Pacífico/G1) Policiais de Campinas (SP) efetuaram a prisão da Viúva Negra em Ponta Grossa (PR) (Foto: Fernando Pacífico/G1)](https://s2.glbimg.com/9FGqoNMAANWjMZ5La2rJ235e6qM=/240x20:1160x600/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/0/l/cMB9f0QVauRZcoA97rlg/viuva1.jpeg)
Policiais de Campinas (SP) efetuaram a prisão da Viúva Negra em Ponta Grossa (PR) (Foto: Fernando Pacífico/G1)
O crime
Lúcia contratou a empregada doméstica Valdelaine Pereira, filha de uma
ex-empregada da casa, que matou o empresário Gavril Weisz, então com 41
anos, no dia 12 de março de 1995.
A "Viúva Negra" queria simular que o marido tivesse sido morto em um
assalto, na própria casa, mas entrou em contradição nos depoimentos.
Presa por Brochi, ela confessou o crime e alegou que o casal estava em um processo de separação e, por isso, temia perder a guarda do filho.
Presa por Brochi, ela confessou o crime e alegou que o casal estava em um processo de separação e, por isso, temia perder a guarda do filho.
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