Piauí ocupa o primeiro lugar no Ranking Nacional do Trabalho Infantil no Brasil, segundo o Ministério Público do Trabalho no Piauí.
Por G1 PI
![MPT-PI flagrou crianças de cinco anos trabalhando no estado (Foto: Divulgação/MPT-PI) MPT-PI flagrou crianças de cinco anos trabalhando no estado (Foto: Divulgação/MPT-PI)](https://s2.glbimg.com/-zxbxre8seszMMNNcI4H6yCHb-s=/0x0:600x400/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/v/z/HDBzXJT1CtSWMDgnt4hQ/trabalho1.jpg)
MPT-PI flagrou crianças de cinco anos trabalhando no estado (Foto: Divulgação/MPT-PI).
As denúncias envolvendo trabalho infantil no Piauí cresceram mais de 10
vezes em apenas três anos, segundo o Ministério Público do Trabalho
(MPT).
Entre 2014 e 2017, o MPT recebeu 77 denúncias envolvendo crianças.
Em 2014, apenas seis denúncias foram recebidas.
Já a partir de 2015, até 2017, foram mais 71 casos, o que representa um aumento de 11,8 vezes no total.
Entre 2014 e 2017, o MPT recebeu 77 denúncias envolvendo crianças.
Em 2014, apenas seis denúncias foram recebidas.
Já a partir de 2015, até 2017, foram mais 71 casos, o que representa um aumento de 11,8 vezes no total.
Com esses números, o Piauí ocupa o primeiro lugar no Ranking Nacional
do Trabalho Infantil no Brasil, com crianças e adolescentes de 5 a 17
anos em situação de trabalho.
Segundo o procurador do Trabalho, Edno Carvalho Moura, os cenários mais críticos estão no trabalho agrícola infantil, doméstico e em vendas nas vias públicas.
Segundo o procurador do Trabalho, Edno Carvalho Moura, os cenários mais críticos estão no trabalho agrícola infantil, doméstico e em vendas nas vias públicas.
“Na área rural, geralmente, o trabalho acontece dentro da própria família, quando as crianças ajudam os pais na roça.
Já o trabalho infantil doméstico é mais difícil de enfrentar, porque acontece dentro das casas dos cidadãos e os domicílios são invioláveis sem mandados judiciais.
A sociedade é complacente, pois boa parte acredita estar ajudando as crianças, quando elas estão, na verdade, sendo exploradas”, ele explica.
O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o Brasil possuía mais de 3,4 milhões de crianças de 10 a 17 anos em alguma ocupação no ano de 2010.
O Piauí registrou 62.402 crianças nessa situação no mesmo período.
A maioria dos casos no Estado, segundo a pesquisa, concentra-se na faixa etária de 10 a 15 anos, com aproximadamente 56,4%.
Legislação proíbe qualquer atividade antes dos 14 anos.
De acordo com o Capítulo V do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), que trata sobre o direito à profissionalização e à proteção do
trabalho, apenas adolescentes a partir dos 14 anos podem trabalhar na
condição de aprendiz.
A norma ainda determina que é permitido o contrato formal aos 16 anos, desde que observadas condições físicas e psicológicas.
Além disso, é proibido o trabalho noturno e o adolescente deve frequentar a escola regularmente.
A norma ainda determina que é permitido o contrato formal aos 16 anos, desde que observadas condições físicas e psicológicas.
Além disso, é proibido o trabalho noturno e o adolescente deve frequentar a escola regularmente.
![Vendas nas ruas são casos muito frequentes (Foto: Divulgação/MPT-PI) Vendas nas ruas são casos muito frequentes (Foto: Divulgação/MPT-PI)](https://s2.glbimg.com/TjtKdUHB44gC0GtMSCK1jeYNs9k=/0x0:1280x816/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/S/z/BWSBg3Qhys27hIMV6R3A/trabalcho1.jpg)
Vendas nas ruas são casos muito frequentes (Foto: Divulgação/MPT-PI).
A Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança
e do Adolescente (Coordinfância), do MPT, trabalha para coibir esse
tipo de exploração através de promoção e supervisão de ações que impeçam
que crianças ingressem no mercado de trabalho e tenham seus direitos
violados.
Criada em 2000, a Coordinfância atua, principalmente, na promoção de políticas públicas para prevenção e erradicação do trabalho infantil informal, efetivação da aprendizagem, proteção de atletas mirins, trabalho infantil artístico, exploração sexual comercial, autorizações judiciais para o trabalho antes da idade mínima, trabalho infantil doméstico, trabalho em lixões, dentre outras áreas.
Para denunciar
As denúncias podem ser feitas no canal de atendimento Disque 100,
registradas e encaminhadas à rede de proteção e responsabilização.
Quando envolve trabalho infantil, são enviadas ao MPT, para investigação
mais específica.
A ligação para o serviço é gratuita e permite o anonimato do
denunciante.
Em 2016, o canal recebeu 77.290 denúncias de violações referentes a crianças e adolescentes.
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