Fuzis AK-47 calibre 7,62 x 39 mm eram customizados pelo sargento do Exército Carlos Alberto de Almeida, de 46 anos, preso na sexta-feira (20). Justiça decretou prisão preventiva de quadrilha comandada por sargento.
Por G1 Rio
Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram que o sargento do Exército Carlos Alberto de Almeida, de 46 anos, preso pela Desarme na sexta-feira (20),
customizava as armas encomendadas pelo tráfico de drogas com pinturas
de desenhos diversos, que exibiam estampas camufladas e de projéteis.
O
trabalho do armeiro envolvia reparar armas com defeitos e modernizar os
armamentos.
Nesta segunda-feira (23), a Justiça decretou a prisão preventiva da
quadrilha comandada por sargento do exército, considerado o maior
armeiro do tráfico.
Carlos Alberto de Almeida, vulgo Professor, 46 anos;
Alexsandro Rodrigues Figueira, vulgo Gordinho, 34 anos; Felipe
Rodrigues Figueira, 31 anos; Murilo Barbosa Ludigerio, 22 anos, e
Valéria Simone de Oliveira de Almeida, 47 anos, tiveram as suas prisões
em flagrante delito convertidas em prisões preventivas nesta
segunda-feira durante audiência de custódia.
Carlos Alberto, Alexsandro, Felipe e Murilo foram presos em flagrante
delito por policiais civis da Desarme no momento em que fabricavam peças
de armas de fogo e realizavam a montagem e o reparo de fuzis em uma
moderna oficina do tráfico na Coreia, em Senador Camará.
Valéria Simone de Oliveira de Almeida, esposa do sargento do Exército,
foi presa em um desdobramento da ação, por policiais civis da Desarme,
em razão de guardar em sua residência na vila militar diversas munições
de uso restritos de pistola de vários calibres.
"Ele [Almeida] era um dos maiores armeiros dos criminosos do Rio de
Janeiro atualmente", afirmou o delegado Fabrício Oliveira, titular da
Desarme, acrescentando que há pelo menos dez anos o militar trabalhava
para traficantes das favelas Vila Aliança, Coreia, Vila dos Pinheiros,
Parada de Lucas , Serrinha, Dendê, além de comunidades da Baixada
Fluminense.
A Justiça afirmou que todas as prisões foram realizadas dentro das
formalidades legais e ressaltou que a liberdade dos acusados colocaria
em grave risco a ordem pública em razão da periculosidade dos presos.
Após três meses, a investigação da especializada chegou ao endereço
onde a quadrilha do militar montava, desmontava e limpava armas.
Neste
tempo, os policiais descobriram que o criminoso chegou a montar oficinas
itinerantes, dentro das próprias favelas, para diminuir o risco de
sofrer um ataque da polícia.
"Soubemos que ele montou, recentemente, uma oficina dessas na própria
Rocinha, após ser contratado diretamente pelo próprio Rogério 157
[Rogério Avelino da Silva].
Seria a primeira vez que ele atuaria em uma
comunidade dominada pela facção Amigos dos Amigos (ADA)", completa
Oliveira.
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