Ligações entre um pedófilo e Bjarni Benediktsson, primeiro-ministro islandês, levou o país a convocar novas eleições legislativas, a segunda do ano. Partido de Benediktsson lidera.
Por G1
A Islândia realiza
neste sábado (28) novas eleições legislativas, a segunda do ano.
As pesquisas apontam, ao mesmo tempo, para um triunfo do conservador Partido da Independência e para a ascensão da oposição de esquerda, aponta a agência Efe.
As pesquisas apontam, ao mesmo tempo, para um triunfo do conservador Partido da Independência e para a ascensão da oposição de esquerda, aponta a agência Efe.
São nove partidos na disputa, informa a France Presse, incluindo o
conservador Partido da Independência, principal força política da ilha
desde 1944, o movimento Esquerda-Verdes e o Partido Pirata.
As eleições foram convocadas novamente após um escândalo envolvendo conexões entre um pedófilo e Bjarni Benediktsson, primeiro-ministro da Islândia.
O escândalo se deu porque o primeiro-ministro teria omitido que seu pai recomendou que fosse "restituída a honra" de Sigurjón Hauksson, amigo condenado por pedofilia.
O escândalo se deu porque o primeiro-ministro teria omitido que seu pai recomendou que fosse "restituída a honra" de Sigurjón Hauksson, amigo condenado por pedofilia.
Hauksson foi condenado em 2004 por estuprar sua enteada quase todos os
dias durante 12 anos, desde que ela tinha 5 anos até completar 18,
informa a BBC.
O código penal do país tem uma polêmica disposição legal que permite
que, após cumprirem sua pena, pessoas condenadas apaguem seu registro de
antecedentes criminais, desde que três pessoas consideradas moralmente
corretas lhes respaldem por escrito, diz a France Presse.
A situação levou ao colapso da coalizão parlamentar que sustentava o governo do país.
Após o escândalo, diz a France Presse, Benediktsson anunciou em
setembro que seriam realizadas eleições antecipadas, depois que seu
aliado governamental, o partido de centro Futuro Radiante, se retirou da
coalizão.
Ainda, agora em outubro, o jornal britânico "The Guardian" revelou que o
primeiro ministro Benediktsson, quando era deputado, vendeu ativos para
bancos quando o estado estava prestes a apoderar-se do setor financeiro
do país no auge da crise de 2008.
Apesar de denúncias, partido do primeiro-ministro é favorito
Segundo a agência Efe, as últimas pesquisas situam como vencedores os
conservadores do primeiro-ministro Bjarni Benediktsson, que formou com
duas forças centristas - o Partido Reformista e o Futuro Brilhante - o
executivo de maioria absoluta mais breve da história deste país nórdico,
que durou apenas nove meses.
A última pesquisa publicada pelo jornal "Frettabladid", informa a Efe,
indica que o Partido da Independência, liderado pelo primeiro-ministro
islandês, teria 24,1% dos votos, seguido pela Esquerda Verde, com 19,2%.
A Aliança Social-Democrata vem no terceiro lugar (14,3%), na frente do Partido Centrista (9,6%) e do Partido Pirata (9,4%).
Também entrariam no parlamento o Partido Reformista e o Partido Progressista, com 7,5% e 6,2% dos votos.
O Partido do Povo, com tendências xenofóbicas, segundo a Efe, estaria
pouco abaixo dos 5% dos votos requeridos para conseguir cadeiras
parlamentares.
É o mesmo caso do Partido Futuro Brilhante.
É o mesmo caso do Partido Futuro Brilhante.
Ascensão da esquerda, mas não o suficiente
Até poucos dias atrás, informa a Efe, a oposição Movimento de Esquerda
liderava as pesquisas, mas acabou cedendo terreno perante o habitual
impulso dos conservadores, amparados na sua capacidade de mobilização e
nos bons números macroeconômicos, apesar dos escândalos.
Segundo o " The Guardian", a Islândia teve crescimento de 7,2% no ano
passado e sustenta uma taxa de desemprego abaixo de 2,5% -- e, isso, diz
o jornal, explicaria a permanência do Partido de Independência.
Por isso, apesar da ascensão da oposição, personificada também na
recuperação da Aliança Social-Democrata - que poderia se transformar em
terceira força -, a esquerda não alcançaria a maioria.
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