Presidente negou que
dinheiro arrecadado servirá para cobrir o déficit fiscal. Governo anunciou
nesta semana privatizações da Eletrobras, Casa da Moeda e leilões de
aeroportos.
Por Guilherme Mazui, G1, Brasília
25/08/2017 13h02
Em vídeo divulgado no
Twitter nesta sexta-feira (25), o presidente Michel Temer afirmou que o “grande
objetivo” das novas privatizações e concessões propostas pelo governo “é criar
empregos, gerar renda e oferecer um serviço de melhor qualidade a população”.
Na quarta-feira (23), o
governo apresentou a relação do que pretende ofertar à iniciativa
privada.
Entre os projetos listados, de um pacote de 57, estão a
Casa da Moeda, a Eletrobras, rodovias, terminais portuários, linhas de
transmissão e aeroportos, entre os quais, Congonhas.
No vídeo, Temer negou que a
intenção do pacote, que reúne 57 projetos, seja cobrir o rombo das contas
públicas.
O governo já enviou ao
Congresso Nacional proposta que tenta aumentar para até R$ 159 bilhões a
previsão de déficit de 2017 e 2018.
Segundo o presidente, os
recursos arrecadados com as privatizações e concessões serão investidos em
“naquilo que realmente importa”.
Ele citou saúde, segurança,
infraestrutura e educação como áreas que receberão investimentos.
Na gravação, Temer fez um
balanço das ações do governo na semana e destacou a liberação dos saques das contas do PIS/Pasep
para idosos.
De acordo com o presidente,
a medida será “um alívio no bolso dos aposentados”.
Temer relembrou que serão 8
milhões de idosos beneficiados pela medida e que os saques devem injetar R$ 16
bilhões na economia.
O presidente também
ressaltou a criação de uma nova linha de crédito do BNDES
voltada para micro, pequenas e médias empresas, anunciada também na quarta.
O
BNDES Giro prevê liberar R$ 20 bilhões até agosto de 2018.
“O BNDES agora, não
privilegia apenas os grandes projetos, mas os projetos dos nossos médio e
pequenos empresários”, afirmou Temer.
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