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quarta-feira, maio 17, 2017

Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha, diz jornal

Segundo o colunista Lauro Jardim, de 'O Globo', informação faz parte do conteúdo da delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Depoimentos também citam Aécio Neves e Guido Mantega.

O presidente Michel Temer, durante entrevista à Rede Vida (Foto: Marcos Corrêa/PR) 

O presidente Michel Temer, durante entrevista à Rede Vida (Foto: Marcos Corrêa/PR)


Os donos da JBS disseram em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato. 
 A informação é do colunista do jornal "O Globo" Lauro Jardim
 
 
Segundo o jornal, o empresário Joesley Batista entregou uma gravação feita em março deste ano em que Temer indica o deputado Rodrigo Rocha Lourdes (PMDB-PR) para resolver assuntos da J&F, uma holding que controla a JBS. 
 
Posteriormente, Rocha Lourdes foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil, enviados por Joesley.
Dono da JBS grava Temer dando aval para compra de silêncio de Cunha, diz O Globo
Dono da JBS grava Temer dando aval para compra de silêncio de Cunha, diz O Globo
Em outra gravação, também de março, o empresário diz a Temer que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para que permanecessem calados na prisão. 
 
Diante dessa informação, Temer diz, na gravação: "tem que manter isso, viu?" 
 
Na delação de Joesley, o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, é gravado pedindo ao empresário R$ 2 milhões. 
 
A entrega do dinheiro a um primo de Aécio foi filmada pela Polícia Federal (PF). 
 
A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que foi depositado numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG). 
 
 
Nem Temer nem Aécio se manifestaram ainda sobre a declaração. 
 
A defesa de Eduardo Cunha informou que não se pronunciará. 
 
 
Segundo o jornal, em duas ocasiões em março deste ano Joesley conversou com Temer e com Aécio levando um gravador escondido.
 
 
O colunista conta que os irmãos Joesley e Wesley Batista estiveram na quarta-feira passada no Supremo Tribunal Federal (STF) no gabinete do ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin – responsável por homologar a delação dos empresários. 
Diante dele, os empresários teriam confirmado que tudo o que contaram à PGR em abril foi de livre e espontânea vontade.
 
 
Joesley contou ainda que seu contato no PT era Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff. 
 
Segundo "O Globo", o empresário contou que era com Mantega que o dinheiro da propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados, e também era o ex-ministro que operava os interesses da JBS no BNDES.

Cunha

Joesley disse na delação que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão na Lava Jato.
 
O valor, segundo o jornal, seria referente a um saldo de propina que o deputado tinha com o empresário. 
 
 
Joesley Batista disse ainda que devia R$ 20 milhões por uma tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Investigação

Segundo o jornal, pela primeira vez a PF fez "ações controladas" para obter provas. 
 
Os diálogos e as entregas de dinheiro foram filmadas e as cédulas tinham os númjeros de série controlados. 
 
As bolsas onde foram entregues as quantias tinham chips de rastreamento. 
 

Durante todo o mês de abril, foram entregues quase R$ 3 milhões em propina rastreada. 
 

O jornal informou que as conversas para a delação dos irmãos donos da JBS começaram no final de março. 
 
Os depoimentos foram coletados do início de abril até a primeira semana de maio. 
 
O negociador da delação foi o diretor jurídico da JBS, Francisco Assis da Silva, que depois também virou delator.

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