Por Fernanda Borges, G1 GO
08/04/2017
08h25
Rayane
Araújo da Silva foi morta a tiros em Anápolis (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
O estudante Daniel Ermes Pinto, de 19 anos,
suspeito de assassinar a universitária Rayane Araújo da Silva, de 25, morta a
tiros em uma borracharia de Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi preso na
sexta-feira (7).
Segundo a Polícia Civil, ele era ex-namorado da vítima e
confessou que não se conformou com o fim do relacionamento.
Assim, planejou o
crime.
“Ele contou que os dois tiveram um relacionamento
por 1 ano e 6 meses, mas sempre conturbado.
Nesse período foram muitas idas e
vindas e, no último dia 31, o namoro terminou de vez.
Aí ela decidiu tocar a
vida e postou fotos acompanhada de um homem em uma festa.
Foi aí que ele caiu
em si, quis voltar com ela e, com a negativa, ficou com ciúmes e decidiu que ia
matá-la”, contou ao G1 o delegado Vander Coelho,
responsável pelo caso.
Segundo a
investigação, Rayane parou em uma borracharia para arrumar o pneu da moto em
que estava, quando dois homens em um carro pararam no local.
Um deles desceu e
atirou seis vezes contra a vítima, voltou ao veículo e fugiu.
De acordo com o delegado, os tiros foram disparados
por Daniel, que alegou que o colega que o acompanhava não sabia do crime.
“Ele
diz que já tinha uma arma para proteção pessoal e sabia que a Rayane iria até
essa borracharia, pois a manutenção da moto já estava agendada, então decidiu
ir até lá e matá-la.
Ele ressalta que o rapaz que o acompanhava não sabia de
nada, mas isso ainda é devidamente apurado”.
O estudante, que não tinha passagens na polícia,
também contou ao delegado que suspeitava que Rayane tinha interesses apenas nos
bens dele.
“A mãe dele morreu quando ele tinha 16 anos e deixou uma herança.
Aí
ele diz que a jovem apenas estava interessada no dinheiro e isso também o
motivou a cometer o crime”, disse Coelho.
O estudante foi preso depois que se apresentou
espontaneamente na delegacia, na tarde de sexta-feira.
“Ele esperou passar o
flagrante para se apresentar, porém, a partir dos indícios que levantamos de
que ele era o autor do crime, já pedimos ao Poder Judiciário a prisão
temporária dele.
Assim, a Justiça aceitou e, quando ele foi até a delegacia,
fizemos o cumprimento do mandado, que prevê a prisão por 30 dias”, explicou o
delegado.
Segundo ele, Daniel deve responder por homicídio
triplamente qualificado, por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima
e feminicídio.
Somadas, as penas podem variar de 12 a 30 anos de prisão.
O
rapaz segue no presídio de Anápolis.
Familiares
e amigos da vítima estavam inconsoáveis durante o enterro, em Anápolis (Foto:
Reprodução/TV Anhanguera)
Ameaças
Irmão da vítima, Francis Araújo disse à TV
Anhanguera que a jovem estava sendo ameaçada pelo ex-namorado.
“Ela
contou para a minha irmã que um carro seguiu ela na quarta-feira e hoje
[quinta-feira] o mesmo carro com as mesmas características fez o disparo contra
ela.
Nós pedimos justiça”, contou.
Durante o velório e enterro do corpo da jovem, os
familiares se mostravam muito abalados com o crime e cobravam uma solução para
o crime.
A mãe dela, inclusive, passou mal e precisou ser amparada.
“Todos os indícios levam a crer que foi ele
[ex-namorado], mas a gente não pode afirmar, está na mão das autoridades
investigar.
Minha família inteira está destruída”, disse a prima da vítima,
Cinthia Maria da Silva.
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