O empresário Eike Batista, considerado foragido após ter viajado a Nova
York dias antes da operação policial para tentar prendê-lo, embarcou de
volta ao Rio neste domingo (29), onde deve ser detido assim que chegar.
Antes do embarque, ele disse que 'está à disposição da Justiça'.
Ele chegou sozinho ao aeroporto JFK, nos EUA, por volta de 21h50
(horário de Brasília), fez check-in e, minutos depois, passou pelo
controle de passaporte.
Às 22h15, já aguardava o voo dentro da sala de
embarque e pouco depois da meia-noite foi rumo a aeronave.
O voo da American Airlines, de número 973, deixou os EUA à 0h45 (horário de Brasília) e tem chegada programada às 10h30 desta segunda-feira (30) no Rio.
O voo da American Airlines, de número 973, deixou os EUA à 0h45 (horário de Brasília) e tem chegada programada às 10h30 desta segunda-feira (30) no Rio.
Entrevista antes de embarcar
Questionado se tem algo a dizer aos brasileiros, ele declarou que está à disposição da Justiça: "Estou voltando para responder à Justiça, como é meu dever".
"Está na hora de eu mostrar, ajudar a passar as coisas a limpo",
disse.
Questionado sobre se
mostraria algo que ainda não se sabe, ele evitou o assunto.
"Como eu
estou nessa fase, me entregando à Justiça, melhor não falar nada.
Depois
a Justiça e o que for permitido falar, vai acontecer depois, agora não
dá", afirmou.
O empresário negou que tenha cogitado fugir para a Alemanha (por conta
de também ter cidadania alemã, o que evitaria uma deportação ao Brasil) e
disse que viajou a Nova York a trabalho.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do "O Globo", Eike será levado
para um presídio comum por não ter ensino superior.
Segundo a
reportagem, os advogados do empresário tentaram negociar a ida dele para
um presídio especial mas não tiveram êxito.
Eike Batista é acusado, pelo Ministério Público Federal, de corrupção
ativa.
Segundo os procuradores , em 2011, o empresário pagou R$ 16
milhões e meio de dólares a Sérgio Cabral, o equivalente a 52 milhões de
reais.
Na sexta-feira (27), o Jornal Nacional mostrou imagens da saída de Eike
do país.
Nelas, aparece de calça jeans e paletó preto chegando para
embarcar no aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).
Como Eike tem passaporte alemão e o país europeu não tem acordo de
extradição com o Brasil, havia a preocupação de que o empresário fugisse
da Justiça brasileira.
'Boa vontade'
Os investigadores afirmam que o pagamento feito a Cabral por Eike se deu pela "boa vontade" do então governador do Rio com os negócios do empresário.
Mas ainda não sabem, ao certo, que vantagens o empresário
recebeu em troca dos milhões.
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