Fosse eu um presidente eleito, governaria na sala ao lado do juiz Sergio Moro e iria até lá servir um cafezinho para o magistrado
Sei vender mortadela e pescoço de peru.
Entendo que todo esforço publicitário busca a tal “massa crítica”, quando uma informação passa a correr sozinha, sem a necessidade de “comprar apoios” para existir.
Para isso, é necessário que ela seja uma informação verdadeira ou revestida de verdade: não pode enganar o público pagante com seus elegantes eufemismos.
Quem aqui percebeu que pequenos deslizes no atual governo são fatais para a sua imagem já combalida entende perfeitamente que o país não suporta mais relativismos.
Leio em vários lugares que a situação econômica é desoladora.
Basta cavar no rasinho para desenterrar inúmeros artigos de gente boa afirmando que a principal crise enfrentada por este governo é de legitimidade.
Para reverter este quadro, seria necessário um tal de “choque de gestão”, que eu traduzo como uma retomada da vergonha na cara, irremediavelmente perdida por todos os petistas e simpatizantes da bolivarianada em botão.
Pois é.
O tal choque não veio, ou foi dizimado em suaves prestações.
Aquela impressão de que “agora vai” não se confirmou.
Perdido em tecnicismos, liturgias caras e burocracias, acossado pelo medo de enfrentar o exército de vigaristas a soldo pelo socialismo de tanga que aqui se professa, o atual governo não consegue sinalizar o rumo certo, tentando trilhar pelo errado mesmo.
Fosse eu um presidente eleito, governava na sala ao lado do juiz Sergio Moro e iria até lá servir um cafezinho para o magistrado.
Derrubava esses muros idiotas que todo vigarista quer construir para bovinizar o seu rebanho e mostrava claramente de que lado estou.
Vão os imbecis afirmar que estou me dobrando a um juiz de primeira instância, de uma “comarca agrícola”.
Não, senhores.
Estou mostrando de que lado está a decência, de forma inequívoca, para quem quiser me seguir.
Com certeza, teria milhões de seguidores.
Faria centenas de desafetos e escolas seriam invadidas em protesto contra minha teimosia.
Danem-se todos eles.
Não trabalham.
Vivem de brisa.
De encosto.
De cacarejo.
Acham que uma Lei Rouaneta ─ a teta ─ qualquer vai dar-lhes a sobrevida de que precisam para continuarem indefinidamente no linchamento de nossa decência cívica.
Vão pro inferno.
Fosse eu um presidente desses, seria um dos primeiros a ver o lulão entrar na cela reservada ao seu boquirrotismo inesgotável.
E faria um discurso ali mesmo, na porta da “República Agrícola de Curitiba”.
Entenderam agora, meus docinhos?
Bandidos se trata é assim, daqui pra frente.
Agora vão trabalhar.
COMENTÁRIO:
Esse colunista traduz todo o sentimento da maioria da nação brasileira !
Valter Desiderio Barreto.
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