Justiça Federal expediu dez mandados de prisão e 14 de condução coercitiva.
Operação Calicute mira cobrança de propina na gestão do ex-governador.
Sérgio
Cabral é conduzido por agentes da Polícia Federal após ser preso em seu
apartamento no Leblon, no Rio (Foto: Reprodução/GloboNews)
A Polícia Federal (PF) prendeu no início da manhã desta quinta-feira (17), na Operação Calicute, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, suspeito de ter cobrado propina de empreiteiras durante o período em que comandou o Palácio da Guanabara.
Além de Cabral, a Justiça Federal expediu oito mandados de prisão preventiva (sem prazo determinado), dois mandados de prisão temporária (com prazo de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco) e 14 de condução coercitiva (quando o suspeito é obrigado a ir prestar depoimento).
Veja abaixo quem são os principais alvos da Operação Calicute:
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (Gnews) (Foto: Reprodução GloboNews)
Sérgio Cabral – o peemedebista comandou o estado do Rio de Janeiro durante sete anos (2007-2014).
Jornalista de formação, Cabral ingressou na política no início dos anos 80, como militante da Juventude do PMDB.
Ao longo da carreira política, além de governador, ele foi deputado estadual e senador.
Foi preso preventivamente.
Adriana Ancelmo Cabral, mulher do ex-governador do RJ Sérgio Cabral (Foto: Vera Donado/Estadão Conteúdo/Arquivo)
Adriana Ancelmo – advogada, é casada com Sérgio Cabral.
Segundo "O Globo", ganhou um anel de R$ 800 mil de presente do empresário Fernando Cavendish.
De acordo com a reportagem, o anel é considerado por Cavendish "a peça mais simbólica do tipo de relação que Cabral estabeleceu com empreiteiros".
Adriana foi alvo de condução coercitiva.
Wilson Carlos, ex-secretário de Governo de Sérgio Cabral (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo/Arquivo)
Wilson Carlos Cordeiro Carvalho – ex-secretário de governo das duas gestões de Cabral no comando do Rio.
Ele também foi assessor financeiro do ex-governador na campanha à reeleição, em 2010.
Já havia sido citado na 16ª fase da Lava Jato por ter pedido a empresa Techint recursos à campanha de Cabral em retribuição a uma suposta ajuda do então governador na obtenção de contratos da empresa junto à Petrobras.
Alvo de prisão preventiva.
Hudson Braga, ex-secretário de obras do governo de Sérgio Cabral no RJ (Foto: Fernanda Almeida/Governo do Rio de Janeiro)
Hudson Braga – ex-secretário de obras de Sérgio Cabral.
De acordo com o jornal "Extra", era homem de confiança do atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão.
Ele foi um dos coordenadores da campanha de Pezão ao governo, em 2014.
Segundo o "Extra", ele é réu na Justiça Federal por improbidade administrativa, acusado de cometer irregularidades na contratação de empresas, após a tragédia que matou mais de 900 pessoas na Região Serrana e outras centenas de desaparecidos, em 2011.
Também é alvo de prisão preventiva.
Até a última atualização desta reportagem, ainda não havia sido preso.
Carlos Emanuel de Carvalho Miranda – sócio de Cabral na empresa SCF Comunicação, criada pelo ex-governador em 2003, quando ele era senador.
De acordo com o jornal "O Globo", foi consultor de orçamento na Assembleia Legislativa quando Cabral presidiu a Casa.
Ainda segundo o jornal, foi preso preventivamente por supostamente ter sido o emissário de recebimento de propina no esquema de corrupção.
Wagner Jordão Garcia – ex-assessor de Sérgio Cabral.
Foi preso preventivamente nesta quinta.
Luiz Carlos Bezerra – foi assessor de orçamento do ex-presidente da Assembleia Legislativa Paulo Melo, no mesmo período em que Sérgio Cabral governou o estado do Rio de Janeiro.
Foi alvo de mandado de prisão preventiva.
José Orlando Rabelo – alvo de mandado de prisão preventiva.
Luiz Paulo Reis – alvo de mandado de prisão preventiva.
Paulo Fernando Magalhães Pinto – administrador de empresas, foi assessor de Sérgio Cabral.
Segundo "O Globo", os dois são amigos e, no período em que esteve separado da mulher, Cabral morou no apartamento de Magalhães Pinto.
Ele é alvo de mandado de prisão temporária.
Alex Sardinha da Veiga – alvo de mandado de prisão temporária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário