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quinta-feira, novembro 10, 2016

Trump diz que deportará todos os imigrantes ilegais dos EUA, se eleito

Pré-candidato republicano diz que 'nação sem fronteiras não é uma nação'.
'Manteremos as famílias unidas, mas eles têm que ir embora', afirmou.

 

Da EFE
  Pré-candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, come uma costeleta de porco durante evento em Des Moines, no estado de Iowa  (Foto: Win McNamee/Getty Images North America/AFP) Pré-candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, come uma costeleta de porco durante feira  em Des Moines, no estado de Iowa, neste sábado (15) (Foto: Win McNamee/Getty Images North America/AFP)


O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump sustenta que, se for eleito para ocupar a Casa Branca no pleito de 2016, deportará todos os imigrantes ilegais do país, segundo antecipou em entrevista divulgada neste domingo pela "NBC".


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Trump deixou claro que rescindirá as ordens executivas do presidente americano, o democrata Barack Obama, que impedem a expulsão tanto dos jovens imigrantes ilegais que chegaram ao país sendo crianças (os chamados "dreamers", ou "sonhadores"), como os pais de cidadãos americanos ou de filhos com status legal.

"Manteremos as famílias unidas, mas eles têm que ir embora", ressaltou o magnata imobiliário, em entrevista gravada a bordo de seu avião privado durante sua visita neste fim de semana à Feira de Iowa, um grande certame no qual vários candidatos republicanos e democratas buscaram apoio eleitoral.

"Trabalharemos com eles. 

Têm que ir embora (...). Ou temos um país ou não temos um país", insistiu o milionário.

"Temos que criar novos padrões" para os imigrantes que chegam aos Estados Unidos, onde calcula-se que vivem mais de 11 milhões de imigrantes ilegais.

Taxa de visto.

Trump revelou também que pretende aumentar a taxa para concessão de vistos a mexicanos e para todos os cartões de travessia de fronteira como parte de um plano mais amplo para forçar o México a pagar por um muro ao longo da fronteira entre os dois países.


Em artigo publicado neste domingo, Trump afirmou que vai aumentar as taxas sobre os vistos temporários para executivos e diplomatas mexicanos, além de trabalhadores da Nafta (Tratado Norte-Americano do Livre Comércio), caso o México não concorde em pagar pela construção do muro.

Trump defende que México pague por muro entre países
Após a entrevista, o milionário publicou em seu site de campanha o programa de sua reforma migratória, no qual ressalta que "uma nação sem fronteiras não é uma nação", e defende a construção de um muro na fronteira sul com o México.


"O México deve pagar o muro", precisou Trump nesse plano, ao alegar que "os líderes do México se aproveitaram dos EUA ao usar a imigração ilegal para exportar o crime e a pobreza de seu próprio país", o que é um custo "extraordinário para o contribuinte americano.

Além disso, o magnata é favorável com o fim "do direito à cidadania por nascimento", contemplado na Décima Quarta Emenda da Constituição, para os filhos de imigrantes ilegais.

O candidato também prometeu "triplicar" os funcionários do Escritório de Imigração e Alfândegas (ICE), que conta atualmente com cerca de 5 mil trabalhadores, e endurecer as penas para os "milhões de pessoas que vêm aos EUA com vistos temporários, mas se negam a ir embora".

Polêmica com comentários sobre imigração.

O milionário não deixou de provocar polêmica com seus comentários sobre imigração desde que em 16 de junho anunciou sua candidatura à indicação do Partido Republicano para as eleições presidenciais do próximo ano.


"Quando o México envia (aos EUA) sua gente, não envia os melhores. 

Envia as pessoas que têm muitos problemas, que trazem drogas, crimes, são estupradores", disse Trump, que é partidário de construir um muro para evitar a entrada de imigrantes mexicanos.

Essa declarações acarretaram em uma inundação de críticas de ativistas da comunidade hispânica (cujo eleitorado é fundamental para ganhar as eleições), de famosos, como as atrizes Roselyn Sánchez e América Ferrera, e inclusive de políticos republicanos, como seu rival nas primárias do partido Jeb Bush, casado com uma mexicana.

Além disso, os controversos comentários custaram vários contratos ao magnata, entre eles com os canais de televisão Univisión, ESPN e "NBC" (que emitiu hoje a entrevista), a rede de lojas de departamento Macy's e o organizador das corridas automobilísticas de Nascar.

Apesar de suas frequentes investidas contra os imigrantes, Donald Trump lidera com folga as enquetes dos pré-candidatos presidenciais republicanos.


COMENTÁRIO: 

Chegou a hora dos imigrantes brasileiros se preparar para fazer o caminho de volta pra casa. 

O sonho de ser cidadão americano durou pouco.



Valter Desiderio Barreto.

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