Por Francesco Costa
Certa vez um sábio foi interrogado por um de seus seguidores sobre como se sobressair aos problemas vivendo em paz mesmo em tempos de guerra e sem perturbação mesmo quando tudo conspira contra a gente.
O interrogador alegou ao sábio que sempre se metia em discussões e estas acabavam quase sempre nas vias de fato.
O sábio lhe disse que precisava de um tempo para respondê-lo e que a natureza o faria entender.
Então o convidou para uma peregrinação e o levou para um lugar distante e passaram dias atravessando uma região onde havia uma grande floresta formada por várias e diferentes árvores.
Altas e grossas, altas e finas, baixas e grossas, baixas e finas, de grandes copas e de pequenas copas, de raízes profundas e de raízes superficiais; umas davam frutos que alimentavam as aves, roedores e caminheiros que por ali passavam, outras apenas compunham o verde cenário.
Apesar de suas diferenças todas tinham fundamental importância para o equilíbrio natural da fauna alimentando e abrigando em seus troncos animais de todos os portes e purificando o ar daquela região.
Durante a travessia o seguidor do sábio percebeu que haviam algumas árvores caídas com as raízes reviradas, outras com galhos e troncos quebrados.
O sábio, devido sua sabedoria, via em silêncio a admiração de seu seguidor que olhava cada detalhe da imensa floresta.
Não se contendo ao silêncio do sábio o homem o perguntou: - Mestre, porque estas árvores com aparência tão fortes estão com galhos e troncos quebrados e outras foram desarraigada e caíram, e estas outras, com aspectos mais frágeis, estão intactas sem serem atingidas?
Era exatamente esta a pergunta que e o momento que o sábio esperava para responder a pergunta feita no início.
Convidou o homem para sentar-se confortavelmente recostando em uma das árvores e lhe explicou.
Disse o sábio: “ As árvores são como as pessoas, todas, apesar de diferentes, são indispensáveis para o bom andamento da vida em sociedade.
Na floresta passam grandes tempestades, assim como, em nossa vida temos grandes e diferentes problemas.
As árvores que tem raízes profundas não caem com as tempestades, mas caso elas sejam muito dura e não se flexionem, seus galhos e seus troncos podem se quebrar com a força do vento.
Com as pessoas não é diferente, o fato de apenas ter profundidade de conhecimento e poder, não significa que jamais sejam derrotadas.
Por outro lado as árvores altas e frondosas se não tiverem raízes profundas facilmente cairão, pois não é nossa altivez e aparência que nos mantêm, mas sim nossa profundidade principalmente de maturidade.
Agora olhe estas árvores que não caíram.
O que as manteve de pé foi sua flexibilidade; elas aprenderam a dançar com as tempestades independentes da direção que estas venham.
Com as pessoas não é diferente, temos que ter flexibilidade nos momentos de turbulência para sobressair àqueles que parecem superiores a nós.
Não devemos aceitar as provocações de pessoas, independente de parecerem maiores ou menores que nós.
Devemos entender quando ceder ou resistir.
No final, a tempestade passa, e estaremos mais fortalecidos e experientes para enfrentar a próxima que, certamente, virá.”
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