Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quinta-feira, maio 05, 2016

Justiça Federal homologa acordo de R$ 20 bilhões para Bacia do Rio Doce

Acordo entre União, MG, ES e Samarco foi feito após desastre ambiental.
Rompimento de barragem em Mariana completa seis meses nesta quinta.

 

Do G1 MG
Rio Doce após o desastre ambiental (Foto: Leonardo Merçon/ Últimos Refúgios)Rio Doce após o desastre ambiental (Foto: Leonardo Merçon/ Últimos Refúgios)


A Advocacia Geral da União (AGU) informou que foi homologado, nesta quinta-feira (5), o acordo para criação de um fundo de R$ 20 bilhões para recuperar a Bacia do Rio Doce, atingida pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana. 

O rompimento, que completa seis meses nesta quinta-feira, provocou o maior desastre ambiental da história do Brasil. 

A lama atingiu o leito do Rio Doce e chegou ao mar, no litoral do Espírito Santo.

O rompimento da barragem de Fundão, que pertence à mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, afetou outras localidades de Mariana, além do leito do Rio Doce. 

Os rejeitos também atingiram mais de 40 cidades de Minas Gerais e no Espírito Santo e chegou ao mar. 

Dezenove pessoas morreram. 

Um corpo ainda está desaparecido. 

O desastre ambiental é considerado o maior e sem precedentes no Brasil.

O ato foi assinado no Palácio do Planalto em 2 de março pela União, pelos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e pela mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP.

O procurador de Minas Gerais, Onofre Alves Batista, informou que o acordo foi homologado em segunda instância em uma audência de conciliação, no Tribunal Regional Federal de Brasília, em sessão presidida pela desembargadora Maria do Carmo Cardoso.

A Samarco considerou, através de uma nota enviada à imprensa, que o acordo é um "marco processos de recuperação e reparação pós-acidentes ambientais". 

"A homologação é o reconhecimento pela Justiça do nosso compromisso com a recuperação das áreas impactadas. 

Esse acordo representa um avanço na maneira de tratar grandes questões envolvendo o poder público e o setor privado, na defesa dos interesses da sociedade e de populações impactadas por acidentes como este", afirmou o diretor-presidente da Samarco, Roberto Carvalho, através da nota.

A mineradora ainda informou que a criação da fundação que vai administrar os 41 programas socioambientais listados no acordo está em andamento e a previsão é que ela comece a operar em 2 de agosto deste ano. 

A Vale, uma das donas da Samarco, apenas confirmou, também por meio de nota, que o acordo havia sido homologado.

A Justiça Federal em Brasília não havia se pronunciado sobre a homologação até a última atualização desta reportagem.

Já o Ministério Público Federal (MPF) divulgou nota informando que "mantém a convicção na reparação integral dos danos por meio da ação civil pública que ajuizou no último dia 2 de maio e informa que irá recorrer da decisão homologatória do acordo".

Segundo o acordo, a previsão é que, só entre 2016 e 2018, a mineradora aplique no fundo R$ 4,4 bilhões.

Dentre os principais pontos acertados estão reparação integral das condições socioeconômicas e do meio ambiente afetados, medidas de compensação aos pescadores, produtores, povos indígenas, povos tradicionais, bem como para estimular a retomada de atividades econômicas, recursos para que as cidades atingidas pela lama façam obras de reparação do saneamento básico, dentre outros.

Orçamento do fundo.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o fundo criado a partir do acordo prevê R$ 20 bilhões em recursos, valor que pode variar. Deverão ser alocados pela mineradora R$ 2 bilhões em 2016; R$ 1,2 bilhão, em 2017; e R$ 1,2 bilhão, em 2018. 


De 2019 a 2021, o valor a ser investido poderá variar de R$ 800 milhões a R$ 1,6 bilhão.

A partir de 2022, os valores só serão definidos conforme o desenvolvimento dos projetos a serem implementados. 

Além disso, ao longo dos 15 anos de vigência do acordo, deverão ser investidos R$ 240 milhões a mais a cada ano para medidas compensatórias, como saneamento.

Assinaram o documento Luís Adams (advogado-geral da União), Izabella Teixeria (ministra do Meio Ambiente), Fernando Pimentel (governador de MG), Onofre Alves (advogado-geral de MG), Paulo Hartung (governador do ES), Rodrigo Rabello (procurador-geral do ES), Roberto Nunes (diretor-presidente da Samarco), Murilo Ferreira (diretor-presidente da Vale), Jim (diretor comercial global da BHP) e Flávio Bocaiúvas (diretor de projetos Brasil da BHP).
A presidente Dilma Rousseff e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, durante assinatura do acordo do Governo Federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo com a mineradora Samarco em Brasília (Foto: Eraldo Peres/AP) 
A presidente Dilma Rousseff e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, durante assinatura do acordo do Governo Federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo com a mineradora Samarco em Brasília (Foto: Eraldo Peres/AP)
 










Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...