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sexta-feira, abril 01, 2016

Silvio Pereira recebeu mais de R$ 1 milhão de investigados na Lava Jato

Ex-secretário do PT foi preso na 27ª fase da Lava Jato nesta sexta (1º).
Pagamentos foram feitos por empresas e operadores investigados.

Fernando CastroDo G1 PR
O ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, preso preventivamente nesta sexta-feira (1º) na 27ª fase da Operação Lava Jato, deixa o IML de Curitiba após passar por exame de corpo delito.  (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo) 
Silvio Pereira recebeu de investigados (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
 
O ex-secretário geral do PT Silvio Pereira recebeu, através de duas empresas, pelo menos R$ 1.125.520 de empreiteiras e intermediários de propina investigados pela Operação Lava Jato no esquema de corrupção da Petrobras.

As informações estão em despacho do juiz Sérgio Moro que autorizou a prisão temporária de Pereira - efetivada nesta sexta-feira (1º).

Dados apurados pela força-tarefa da Lava Jato apontam pagamentos feitos pela OAS, entre 2009 e 2011, que somam R$ 486.160. 

O dinheiro foi pago à empresa DNP Eventos Ltda, em que Silvio Pereira conta com 90% de participação no quadro social. 

O juiz observa que os dirigentes da OAS foram condenados por corrupção de agentes da Petrobras e lavagem e dinheiro.

Já da UTC os pagamentos foram menores, de R$ 22.533,50.

O dono da empreiteira, Ricardo Pessoa, responde a ações no âmbito da Lava Jato e confessou os crimes em delação premiada.

Segundo o juiz, o MPF identificou depósitos efetuados por intermediadores de propinas em contratos da Petrobras para a DNP Eventos e para a Central de Eventos e Produções, que também tem Silvio Pereira no quadro social. 

“As duas empresas não aparentam ter estrutura compatível com o recebimento desses valores”, observou o juiz.

Além dos depósitos das empreiteiras, a DNP recebeu R$ 12.388,20 da empresa Treviso, controlada por Julio Gerin de Almeida Camargo, que também é delator do esquema. 

Da Projetec Projetos e Tecnologias, controlada por outro delator - Augusto Ribeiro de Mendonça Neto – a DNP recebeu R$ 154 mil. 

Os dois colaboradores já foram condenados.

Já a Central de Eventos e Produções recebeu cerca de R$ 50 mil da empresa SP Terraplanagem, controlada por Adir Assad, também já condenado por ser intermediador de pagamentos de propina no esquema da Petrobras.

 “Como foi reconhecido na sentença, Adir Assad utilizava diversas empresas de fachada, várias com o objeto social de terraplanagem, para intermediar essas propinas”, observou Moro.

A mesma empresa recebeu R$ 400.450 de Julio Cesar dos Santos e da TGS Consultoria e Assessoria. 

Júlio César dos Santos é réu na Operação Lava Jato, acusado de ser subordinado de José Dirceu na ocultação de patrimônio de origem ilícita usando a mesma TGS. 

O MPF observou que a Central de Eventos e Produções chegou a devolver R$ 170.120 para a TGS e Júlio César.

“Embora possam haver causas lícitas para esses pagamentos (...) repete-se um padrão, comumente verificado na assim denominada Operação Lava Jato, de recebimento de valores elevados a título de remuneração de prestação de serviços por empresas aparentemente sem estrutura para tanto”, considerou Moro.

Quem é Silvio Pereira

Se envolveu no mensalão do PT ligado ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.


 O secretário-geral do partido chamou a atenção pela primeira vez, em 2005, com a revelação de que havia recebido de presente uma Land Rover da empresa GDK, fornecedora da Petrobrás.

Logo em seguida, ele pediu para se desfiliar do PT e anunciou que abandonaria a política. 

Antes de ser julgado, fez um acordo para prestar serviços comunitários e não ser preso.

O nome dele voltou a aparecer agora, nas investigações da Lava Jato. 

O empresário Fernando Moura chegou a ser preso na operação e aceitou fazer delação premiada.

Disse que uma vez pegou R$ 600 mil em dinheiro na casa de Silvio.

Segundo Moura, a quantia tinha sido entregue por uma fornecedora da Petrobrás.

Em outro depoimento, Moura disse que o ex-secretário-geral do PT recebia "um cala boca" de dois empreiteiros para não falar o que sabia sobre o esquema.

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