Trecho do pedido de prisão preventiva diz que ex-presidente deixaria "Marx e Hegel envergonhados"
Adriano Machado
Documento
que pede prisão preventiva do ex-presidente entende que ele desafiou
autoridades em seu discurso na última sexta-feira (4)
No pedido de
prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os
promotores do Ministério Público de São Paulo usam como justificativa as
manifestações do petista após ser alvo da Operação Lava Jato na semana
passada e até as declarações da presidente Dilma Rousseff sobre o caso.
Para os promotores, o discurso de Lula na sexta-feira (4) e o pronunciamento de Dilma o defendendo mostram que haverá uma tentativa de "blindá-lo", o que pode prejudicar a instrução criminal.
Diz ainda que, com seu poder de ex-presidente, a possibilidade de fuga seria "extremamente simples".
A peça, assinada na quarta (9), afirma que os episódios de violência nos dias em que o petista tinha um depoimento marcado no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, e em que foi levado pela Polícia Federal para depor mostram que ele vai movimentar "toda a sua rede violenta de apoio" para evitar que o processo não siga seu curso natural.
Sobre Dilma, os promotores afirmam que a sociedade assistiu seu pronunciamento "surpresa" e que a iniciativa mostrou o "poder político-partidário" de Lula e sua capacidade de "se valer de pessoas que ocupam cargos".
Um episódio enfatizado no pedido foi o xingamento gravado acidentalmente por Lula pela deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) após a condução coercitiva. Na ocasião, Lula disse ao telefone: "que enfiem no c... todo o processo".
"Do alto de sua condição de ex-autoridade máxima do país, o denunciado Luiz Inácio Lula da Silva jamais poderia inflamar a população a se voltar contra investigações criminais a cargo do Ministério Público, da polícia, tampouco contra decisões do poder Judiciário", diz o texto.
A Promotoria lista ainda atitudes da defesa de Lula ao longo da investigação, como o recurso ao Conselho Nacional do Ministério Público contra o inquérito, e afirmam que um deputado petista foi à corregedoria do órgão contra um dos promotores.
Em outro trecho, o pedido afirma que Lula "emocionou o país" ao ser eleito para a Presidência, mas agora deixaria "Marx e Hegel envergonhados".
A peça é assinada pelos promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes Araújo.
A defesa de Lula diz que não foi informada sobre o pedido de prisão.
Para os promotores, o discurso de Lula na sexta-feira (4) e o pronunciamento de Dilma o defendendo mostram que haverá uma tentativa de "blindá-lo", o que pode prejudicar a instrução criminal.
Diz ainda que, com seu poder de ex-presidente, a possibilidade de fuga seria "extremamente simples".
A peça, assinada na quarta (9), afirma que os episódios de violência nos dias em que o petista tinha um depoimento marcado no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, e em que foi levado pela Polícia Federal para depor mostram que ele vai movimentar "toda a sua rede violenta de apoio" para evitar que o processo não siga seu curso natural.
Sobre Dilma, os promotores afirmam que a sociedade assistiu seu pronunciamento "surpresa" e que a iniciativa mostrou o "poder político-partidário" de Lula e sua capacidade de "se valer de pessoas que ocupam cargos".
Um episódio enfatizado no pedido foi o xingamento gravado acidentalmente por Lula pela deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) após a condução coercitiva. Na ocasião, Lula disse ao telefone: "que enfiem no c... todo o processo".
"Do alto de sua condição de ex-autoridade máxima do país, o denunciado Luiz Inácio Lula da Silva jamais poderia inflamar a população a se voltar contra investigações criminais a cargo do Ministério Público, da polícia, tampouco contra decisões do poder Judiciário", diz o texto.
A Promotoria lista ainda atitudes da defesa de Lula ao longo da investigação, como o recurso ao Conselho Nacional do Ministério Público contra o inquérito, e afirmam que um deputado petista foi à corregedoria do órgão contra um dos promotores.
Em outro trecho, o pedido afirma que Lula "emocionou o país" ao ser eleito para a Presidência, mas agora deixaria "Marx e Hegel envergonhados".
A peça é assinada pelos promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes Araújo.
A defesa de Lula diz que não foi informada sobre o pedido de prisão.
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