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domingo, fevereiro 14, 2016

‘É minha missão’, diz carpinteiro de MG que empresta cadeiras de rodas


Segundo Cosme da Silva, 150 cadeiras estão emprestadas em MG e RJ.
Exemplo inspirou amigos e formou uma corrente do bem.

 

Roberta OliveiraDo G1 Zona da Mata

Cosme da Silva reforma cadeiras de rodas Muriaé (Foto: Cida Bandeira/ Arquivo Pessoal) 
O carpinteiro de Muriaé, Cosme da Silva, considera que a ideia surgiu de uma inspiração divina (Foto: Cida Bandeira/ Arquivo Pessoal)


Cosme da Silva é carpinteiro há 29 anos em uma reformadora de carrocerias em Muriaé, na Zona da Mata. 

Há 10 anos, ele se dedica ao que chama de “missão”: reformar e emprestar cadeiras de rodas e cadeiras de banho.

Cosmão, como é conhecido no Bairro Encoberta, onde mora, começou com um equipamento. 

Atualmente, segundo ele, são 150 distribuídos por cidades do interior de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
 
Já me chamaram até para candidatar a vereador. 
 
Não quero. 
 
Já sou o candidato de Deus. 
 
Eu gosto de fazer este trabalho e quero continuar até o fim do meu último dia, ate quando Ele me chamar".
 
Cosme da Silva.
 
“É coisa de Deus, inspiração divina. 

É um trabalho que eu gosto de fazer para ajudar as pessoas. 

É uma missão que eu tenho com Deus, não pegar dinheiro com ninguém. 

Se alguma pessoa quiser doar uma cadeira, estou preparado para receber, reformar e deixar pronta para ajudar a uma pessoa a sair de casa”, explicou.

Todas os equipamentos são reformados, pintados, tem lonas substituídas antes de serem emprestados gratuitamente. 

Quem pega fica com as cadeiras até não precisar mais. 

Então devolve à Cosme da Silva, que repassa à próxima pessoa que estiver necessitando.

Até muletas já foram doadas para ele, que também são emprestadas. 

O agradecimento vem em forma de auxilio para ele continuar a ajudar outras pessoas.
Cosme da Silva reforma cadeiras de rodas Muriaé (Foto: Cida Bandeira/ Arquivo Pessoal) 
Atualmente, Cosme da Silva tem 150 cadeiras emprestadas (Foto: Cida Bandeira/ Arquivo Pessoal)


“Não cobro um real por isso. 

Alguns, ao devolver, trazem tintas, pincel, lona. 

Existe até os que que agradecem e choram porque a pessoa melhorou. 

Atualmente as 150 cadeiras estão espalhadas em várias cidades, até em Além Paraíba (MG), Sapucaia (RJ), Campos (RJ), Itaperuna (RJ). 

Estão com pessoas que sofreram e precisam delas. 

Eu rezo todo dia para eles voltarem a caminhar”, destacou Cosme.

O carpinteiro reforçou que pretende seguir com a atividade para ajudar as pessoas e não tem outros interesses. 


Corrente do bem.

O gesto de Cosme da Silva desperta uma série de solidariedade. 

O auxiliar de escritório Mateus do Vale explica que Cosme procura a oficina onde ele trabalha para realizar as soldas necessárias nas cadeiras de rodas. 

“Ele traz e um dos nossos soldadores realiza o serviço. 

A gente não cobra. 

Ele é muito simples, a ideia dele é ajudar os outros, então a gente o ajuda”, destacou.

De pessoa ajudada a quem ajuda Cosme da Silva. 

A dona de casa Antônia Ferreira e o marido José Caetano também fazem parte do time de amigos e auxiliares de Cosme. 

“Meu marido e ele trabalham juntos. 

Quando minha mãe esteve doente, ele me ajudou, ele deixou as cadeiras na minha casa enquanto ela precisou. 

Ele é uma pessoa que ajuda inteiramente de boa vontade, ele quer realmente ajudar as pessoas de coração”.

O exemplo espalhou entre o grupo de amigos, como destaca Antônia Ferreira. 

“Sempre que soubemos que alguém precisa, a gente avisa ao Cosme para ver o que pode ser feito. 

Ele inspira todos que o conhecem. 

Não faltam esforços, a gente faz o máximo para poder ajudar”, declarou.

Inspiradas pelo exemplo, tentam agora ajudar o carpinteiro. 

“Levo parafusos e tintas para ele. 

Ele não aceita um centavo de ninguém, só doações de materiais. 

Quando a minha mãe necessitou de uma cadeira de rodas, eu consegui emprestada. 

Isso me inspirou a ajudar o Cosme porque a necessidade é muito grande”, disse o aposentado Geraldo Rodrigues.

O aposentado elogiou a dedicação de Cosme para manter o apoio às pessoas que buscam a cadeira. 

“Ele trabalha nisso aos sábados, domingos e à tarde na casa dele. 

E banca com o pouco que ele ganha, que Deus transforma em muito. 

Ele consegue cadeira no ferro-velho e a coloca nova para emprestar, sem nenhuma intenção de lucro. 

Por isso, temos esse grupo paralelo onde ele se tornou um ‘líder’ informal. 

É um trabalho muito bonito, quem pode, ajuda”, ressaltou Geraldo Rodrigues.

COMENTÁRIO:

O mundo está precisando de pessoas como este homem. 

Ele está provando que quem deseja ajudar a alguém, é possível, independentemente de sua condição financeira e seu credo religioso.

Valter Desiderio Barreto.

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