Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quinta-feira, dezembro 03, 2015

'Me sinto indignado com o que estão fazendo com o país', diz Lula no Rio

Ex-presidente reuniu-se nesta quinta-feira (3) com o governador Pezão.
Para Lula, o processo de impeachment de Dilma é 'leviandade'.

Káthia MelloDo G1 Rio
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (3) que o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff é "um gesto de insanidade" e que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), "tomou a decisão de não se preocupar com o país" ao dar início ao processo que pode culminar no afastamento da presidente.

Lula deu as declarações nesta tarde no Rio de Janeiro, após se reunir a portas fechadas com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) no Palácio Guanabara, em Larajeiras, na Zona Sul. (Veja no vídeo acima)
"Eu me sinto indignado com o que estão fazendo com o país. 

A presidenta fazendo um esforço incomensurável para que a gente aprove os ajustes que têm que ser aprovados nesse país, para ver se a gente consegue recuperar a economia e fazer a economia crescer, e tem muitos deputados querendo contribuir, mas o presidente da Câmara me parece que tomou a decisão de não se preocupar com o Brasil", disse Lula.

Prioridade de Cunha

De acordo com o ex-presidente, Cunha está pensando apenas nele: "Me parece que a prioridade dele é se preocupar com ele, quando esse país de 210 milhões de habitantes é mais importante do que qualquer um de nós individualmente".



"Parecia que o país estava andando pra normalidade.

No dia que a presidenta consegue aprovar, novas bases para o orçamento de 2015, o que a gente percebe é que ela recebe como prêmio, um gesto de insanidade com o pedido do impeachment dela", acrescentou.
Lula criticou a decisão de Cunha e o motivo que o levou a abertura do processo, classificando gesto de "atitude pequena".

Lula afirmou que Cunha está "subordinando" o país a uma visão "corporativa e pessoal" e "de vigança".

"Subordinar um país inteiro, subordinar os interesses de mulheres, homens, brancos, negros, crianças nesse país a uma visão corporativa, pessoal, de vingança.

Eu quero crer que não seja verdade, quero crer que não seja verdade. Porque, se isso for verdade, é muita leviandade", disse o ex-presidente.

Movimento de governadores
Lula disse ainda que espera que Pezão ajude a evitar o impeachment, liderando uma aliança com governadores, sem afirmar se haverá ou não novas reuniões com chefes do Executivo de outros estados. "Vamos ver", limitou-se a dizer.


Segundo Lula, no entanto, já existe um gesto dos governadores do Nordeste de apoio à presidente. 

"Se a gente não fizer um pacto para fazer o país crescer, tudo vai piorar", ressaltou.

Na coletiva de imprensa, Lula também rebateu a declaração de Cunha de que Dilma "mentiu à nação quando disse que não faria barganha" no processo contra o presidente da Câmara no Conselho de Ética.

Segundo Cunha, Dilma chamou o deputado André Moura (PSC-SE), um dos aliados do presidente da Câmara, para propor que, em troca da aprovação da CPMF, o PT votasse a favor de Cunha no 
Conselho de Ética: "Eu conheço a Dilma e acho muito difícil que ela faça barganha", afirmou Lula.

'Terceiro turno'

Para Lula, aqueles que se opõem à Dilma querem um terceiro turno das eleições.


 "Me parece que aqueles que quiseram fazer um terceiro turno da eleição, cassando a presidenta Dilma na Justiça Eleitoral, agora acharam a possibilidade do terceiro turno com a tese do impeachment. 

Não tem nenhuma sustentação legal, a não ser uma demonstração de raiva, de ódio, alguma coisa que é inexplicável".

O ex-presidente Lula deu uma entrevista coletiva ao lado do governador do estado do Rio, Luiz Fernando Pezão (Foto: Káthia Mello/ G1) 
O ex-presidente Lula deu uma entrevista coletiva ao lado do governador do estado do Rio, Luiz Fernando Pezão (Foto: Káthia Mello/ G1)

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...