Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quarta-feira, dezembro 10, 2014

Clube Militar vê coleção de 'calúnias' em relatório da Comissão da Verdade

Texto responsabiliza 377 por crimes na ditadura, a maioria militares.
Em nota, general aponta 'absurdo' chama opositores de 'angelicais terroristas'.

 

Lucas Salomão Do G1, em Brasília


O Clube Militar, formado por militares da reserva, chamou de "absurdo" o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, classificado em nota divulgada pela entidade como "uma coleção de meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade".

O relatório foi entregue nesta quarta-feira (10) à presidente Dilma Rousseff. 

Para a entidade, o documento é uma "peça requentada porque só confirma bandeiras preexistentes na esquerda brasileira".

Em nota divulgada na tarde desta quarta, o presidente do Clube, general Gilberto Rodrigues PimenteL, afirma que o relatório da CNV é uma coleção de "meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade". 

Para Pimentel, a divulgação do texto só confirma a "orientação socialista" dos membros da comissão. 

O general também classifica a Comissão da Verdade de "risível" e "parcial" (veja íntegra da nota ao final da reportagem).

"Das suas 29 recomendações, várias miram diretamente as Forças Armadas, como agentes do Estado. 

Nenhuma faz referência à ação dos terroristas, guerrilheiros, sequestradores e assassinos esquerdistas que tentavam tomar o poder à força e estabelecer no País um governo totalitário comunista de modelo soviético, chinês ou cubano", diz trecho da nota.

"O ódio e o desejo de vingança são tão grandes que um absurdo desses é assinado por advogados, juristas e professores universitários. 

Tudo em nome da causa socialista

É peça requentada porque só confirma bandeiras preexistentes na esquerda brasileira", continua.

A nota também afirma que a CNV foi criada para "alterar a Lei de Anistia parcialmente" para punir os agentes do Estado que "combateram e venceram as tentativas comunistas de tomada do poder no Brasil".

Relatório final

O relatório final da Comissão Nacional da Verdade aponta 377 pessoas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985 (veja lista com os nomes dos 377).


Com 4.328 páginas, o documento consolida o trabalho da comissão, após dois anos e sete meses de audiências públicas, depoimentos de militares e civis e coleta de documentos referentes ao regime militar (consulte a íntegra).

Segundo o documento, a identificação da autoria dos crimes foi feita com base em documentos, depoimentos de vítimas e testemunhas, inclusive de agentes públicos que teriam participado da repressão. 

A CNV afirma no relatório que, devido à falta de documentos, relatos ou testemunhas, há nomes "conhecidos" não incluídos na lista porque não foi possível comprovar a participação deles em violações de direitos humanos.

O relatório faz recomendações ao governo, entre as quais a de que os apontados como responsáveis de cometer crimes contra a humanidade respondam na Justiça e a do reconhecimento pelas Forças Armadas da sua responsabilidade pelas violações de direitos humanos.

A responsabilização criminal, que implicaria rever a Lei da Anistia, de 1979, não foi unanimidade entre os conselheiros da comissão.

O tema já foi tratado pelo Judiciário em 2010, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil que pedia que fosse declarada inconstitucional a Lei da Anistia. 

Por maioria absoluta, o Supremo apoiou a tese que garantiu a validade da Lei da Anistia para os delitos cometidos pelos dois lados durante a ditadura militar, beneficando de forma recíproca tanto os agentes de estado quanto os que aderiram à luta armada contra a ditadura. 

Ao G1, ministros que participaram daquele julgamento questionaram a possibilidade de punição.

Veja íntegra da nota divulgada pelo Clube Militar:

RELATÓRIO REQUENTADO

A espúria Comissão Nacional da Verdade emitiu, finalmente, seu relatório.

Tratando-se de entidade que alterou a seu bel-prazer sua missão, o objeto da lei e o prazo em que ocorreram os fatos a investigar, tudo através de decisões internas, legislando em causa própria sem que os poderes desrespeitados reagissem, perdeu, na origem, a imparcialidade que devia orientar seus trabalhos e, consequentemente, sua credibilidade.

A finalidade da CNV, desde sua concepção, sempre foi uma só: alterar a Lei de Anistia parcialmente, de maneira que os agentes do Estado, que combateram e venceram as tentativas comunistas de tomada do poder no Brasil, não sejam protegidos pela dita Lei. 

Quanto aos angelicais terroristas, merecem toda a proteção e indenizações criadas ou a criar.

O relatório só poderia ser uma coleção de meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade cuja divulgação confirme a orientação socialista dos comissários.

Das suas 29 recomendações, várias miram diretamente as Forças Armadas, como agentes do Estado. 

Nenhuma faz referência à ação dos terroristas, guerrilheiros, sequestradores e assassinos esquerdistas que tentavam tomar o poder à força e estabelecer no País um governo totalitário comunista de modelo soviético, chinês ou cubano.

Entre as medidas sugeridas, destacam-se:
- o reconhecimento, pelas Forças Armadas, de sua responsabilidade pela ocorrência de graves violações de direitos humanos;
- responsabilidade jurídica – criminal, civil e administrativa – dos agentes públicos envolvidos no combate à guerrilha, deixando de aplicar, em relação aos mesmos,a Lei da Anistia e quaisquer outras disposições constitucionais ou legais que possam beneficiá-los!!! – ou seja, não podem invocar a lei vigente em seu benefício;
- proibição de realização de eventos oficiais em comemoração ao Movimento de 1964;
- reformulação dos concursos de ingresso e dos processos de avaliação contínua das Forças Armadas;
- modificação dos currículos das academias militares, para promoção da democracia e dos direitos humanos (por acaso os atuais são contrários a isso?);
- revogação da Lei de Segurança Nacional;
- desmilitarização das polícias militares estaduais;
- extinção da Justiça Militar estadual;
- exclusão de civis da jurisdição da Justiça Militar federal;
- criação de órgão permanente para dar prosseguimento aos trabalhos da CNV (ou seja, eternizar a CNV);
- prosseguimento e fortalecimento da política de localização e abertura dos arquivos da ditadura militar.


Três volumes e mais de duas mil páginas: um relatório que não apresenta grandes novidades e, em suas recomendações, insiste na adoção de medidas que implicam a retroação de leis para prejudicar o pretenso réu, a subordinação do ordenamento jurídico nacional às decisões de agências internacionais, e a absurda sugestão de que aos acusados não sejam aplicados a Lei da Anistia ou quaisquer outras disposições constitucionais ou legais que possam beneficiá-los.

Que espécie de proposta é essa, que nega o amparo da lei ao acusado, transformando-o em cidadão de segunda classe, ou selecionando a priori quais as leis que o mesmo pode invocar em sua defesa?

O ódio e o desejo de vingança são tão grandes que um absurdo desses é assinado por advogados, juristas e professores universitários. 

Tudo em nome da causa socialista.

É peça requentada porque só confirma bandeiras preexistentes na esquerda brasileira.

O relatório é tão risível e parcial quanto a CNV.

Gen Gilberto Rodrigues Pimentel – Presidente do Clube Militar

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...