Por Felipe Recondo Brasília
Um processo que acusa 26 magistrados, servidores, integrantes do Ministério Público,
No último dia 29, a ministra Cármen Lúcia,
do Supremo Tribunal Federal, decidiu que cabe ao STJ julgar o processo
porque há desembargadores envolvidos.
Segundo ela, não há entre os
acusados autoridade com foro no Supremo.
O caso foi
investigado em 2008 pela Polícia Federal na Operação Naufrágio.
Os 26
foram denunciados em 2010 por venda de sentenças, loteamento de
cartórios, nepotismo e fraude em concursos e respondem por peculato,
advocacia administrativa, corrupção ativa e corrupção passiva.
Os quatro desembargadores do TJ envolvidos no caso, no entanto, estão fora dos cargos – há casos de aposentadoria compulsória, pedido antecipado de aposentadoria e um falecimento.
Em
2010, ao analisar o processo da Operação Naufrágio, a Corte Especial do
STJ entendeu que não era competente para julgar desembargador
aposentado porque, com a saída do cargo, a autoridade perde o foro.
A
ação penal voltou ao TJ, mas o Ministério Público capixaba recorreu e
pediu remessa ao Supremo, sob o argumento de que mais da metade dos
integrantes do tribunal estava diretamente interessada no processo.
O
STF recebeu o processo em maio do ano passado e, agora, o caso voltará
ao STJ.
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