Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sexta-feira, novembro 07, 2014

Palavra do governador do Pará Simão Jatene

 

Amigas e amigos,

Nosso Estado sediou essa semana a Assembleia Geral do Comitê Permanente da América Latina para Prevenção do Crime (Coplad), reunindo 19 representantes de países membros da Organização das Nações Unidas. 

Essa reunião internacional de autoridades e especialistas reconhecidos mundialmente pelos seus trabalhos e estudos sobre a prevenção da violência, teve a importante missão de elaborar o relatório que analisa o quadro atual da questão na América Latina, identificando experiências positivas e sugestões a serem apresentadas no 13º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal que acontecerá de 12 a 19 de Abril de 2015, em Doha, Qatar.

Já na cerimônia de abertura, os pronunciamentos destacaram a necessidade de enfrentarmos a questão da violência, que é global, com ações que vão além do aparelhamento da área de segurança, desenvolvendo sobretudo o trabalho de prevenção. 

Nesse sentido foi destaque, o quanto os desafios comuns na nossa sociedade só podem ser superados com ações que se complementam e, especialmente, promovam o envolvimento de todos os segmentos da sociedade.

O COPLAD decidiu também, para nossa alegria, eleger Belém para implantar, em parceria com o Governo do Pará, uma extensão do comitê, com a missão específica de estudar o problema e propor alternativas para a Amazônia e em especial para o Estado e Belém.

Amigas e amigos,

Foi, pois, nesse clima que ficamos todos chocados com o assassinato do policial militar e os lamentáveis episódios que o sucederam, na noite de terça feira, que resultaram na morte de mais 7 pessoas, revelando métodos e circunstâncias semelhantes que, segundo as investigações preliminares, parecem configurar a abominável prática da execução.

Quero pois, antes de tudo, registrar minha indignação diante das ocorrências, e manifestar votos de pesar aos familiares de todas as vítimas, reafirmando que o Governo do Estado não aceita qualquer violação de direitos, seja contra civis ou militares e levará ao limite as investigações para a identificação e entrega à justiça dos culpados.

Nesse sentido, é oportuno esclarecer que essa postura tem sido clara, e a determinação aos orgãos de segurança é que se não for possível evitar um crime, que a sociedade tenha o direito de ver pelo menos a punição dos culpados, sob pena de se generalizar a impunidade que tanto contribui para o aumento da criminalidade.

Faço essa observação até para alertar as pessoas de boa fé sobre a não rara e lamentável utilização do sofrimento e drama alheio, por parte de oportunistas sempre ávidos de sensacionalismo, especialmente em períodos pós-eleitorais, quando o sonho de um "terceiro turno" ocupa corações e mentes de alguns inconformados.

Assim, sem pretender reviver fatos tristes, apenas lembro, sem qualquer ufanismo, que o Pará recebeu em 2012, homenagem do Conselho Nacional do Ministério Público, como o Estado brasileiro que mais obteve resultados em inquéritos e procedimentos investigatórios, como atesta o caso, por exemplo, dos adolescentes em Icoaraci, ocorrido em 2011, cujo autor, um ex-policial, foi identificado e condenado a mais de 100 anos de prisão.

Amigas e amigos,

Não poderia concluir essa postagem, sem reconhecer que por mais rápida e exemplar que seja a identificação e punição dos culpados, e certamente ainda estamos longe disso, ela jamais terá o condão de repor a vida, ou apagar o sofrimento de familiares e amigos que vivem um drama dessa natureza.

Por isso insisto na necessidade e urgência de, juntos, com a dedicação, empenho e compromisso de todos e de cada um, trabalharmos no sentido de buscar difundir e praticar uma cultura de paz, único e real processo capaz de vencer a violência. 

Só nós mesmos podemos nos transformar e transformar, fazendo um mundo melhor para os homens, sendo homens melhores para o mundo. 

Que Deus conforte os familiares das vítimas e nos dê sabedoria e ilumine.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...