Sistema de alerta para fiscalização encontrou mais derrubadas que em 2013.
Foram registrados 1924 km² de alertas, 117% a mais que no ano passado.
Do G1, em São Paulo
Operação CONTRA desmatamento
em agosto em Mato Grosso (Foto: Hebert Rondon/Ibama)
saiba MAIS
O Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou, nesta sexta-feira (28), os
dados de desmatamento da Amazônia LEGAL
do sistema Deter para
os meses de agosto, setembro e outubro.

No
período, foram detectados ALERTAS de
desmatamento por corte raso (derrubada total) e por degradação florestal
(destruição parcial) que somam 1.924 km², um índice 117% maior que no mesmo
trimestre de 2013, quando foram detectados 886 km².
O
Inpe ressalta que o Deter é voltado a orientar a fiscalização em campo para
coibir o desmatamento ilegal, não para a medição precisa de área, já que é
feito com imagens de satélite de resolução moderada e tem sempre uma margem de
falsos positivos (veja MAIS abaixo
os diferentes tipos de monitoramento da floresta amazônica).
O
Inpe estima que dos dos quase 2 mil km² de ALERTAS,
uma área de 856 km² de desmatamento por corte raso, 1.000 km² de áreas sejam de
degradação florestal, e 68 km² sejam de falsos positivos.
Mato
Grosso foi o estado com mais alertas de desmatamento entre agosto e outubro,
com 729,09 km².
O
Pará foi o segundo, 514,72 km².
Diferenças
entre sistemas
Existem diferentes sistemas de monitoramento do desmatamento da Amazônia.
Existem diferentes sistemas de monitoramento do desmatamento da Amazônia.
Todos
eles são feitos por técnicos que observam imagens de satélite seguindo
distintas metodologias.
O
Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real) é produzido mensalmente pelo
Inpe e, como é mais rápido, não se destina a medir áreas, mas detectar focos de
derrubadas de floresta para que as autoridades sejam acionadas a tempo.
Na
quarta-feira, o governo havia apresentado o dado anual de desmatamento, do
sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal),
que indicava redução de 18% entre agosto de 2013 e julho
de 2014 em relação ao período anterior.
As
informações do Prodes representam o índice oficial de desmatamento do
governo FEDERAL.
Segundo
ele, o bioma perdeu 4.848 km² de vegetação em um ano.
Um
outro sistema, chamado SAD, é feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da
Amazônia (Imazon), de Belém, também mensalmente, mas, por ser de uma ONG, não é
reconhecido pelo governo.
Os
números desses três sistemas, por serem gerados com métodos distintos, não
podem ser comparados entre si.
Em
outubro, a ONG havia divulgado tendência de crescimento no desmate em
levantamento independente.
Segundo
a organização, ficou constatada ALTA de
191% no desflorestamento em agosto e setembro de 2014, em relação ao bimestre
de 2013.
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