Índice de chuva nos reservatórios foi 32,5% do volume esperado para o mês.
Sem segunda reserva técnica, nível das represas atingiu 1,7% nesta sexta.
Nível de água de reservatório do Cantareira atinge índice mais baixo da história (Foto: Reprodução TV Globo)
Entre o dia 1º até esta sexta-feira (31), foram registrados 42,5 milímetros de chuva nos reservatórios.
Isso corresponde a 32,5% do volume esperado, que era de 130,8 milímetros.
O nível das represas que abastecem atualmente 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo está com 1,7% da capacidade total, sem considerar a segunda reserva (volume morto) do Cantareira.
Incluindo no cálculo a outra parte da reserva, que elevará o nível em 10,7 pontos percentuais, o nível chega a 12,4%.
A Sabesp afirma que ainda não iniciou a captação dos 106 bilhões de litros que estão disponíveis abaixo das comportas, referentes ao segundo volume morto.
O uso já foi liberado pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo e a Agência Nacional de Águas (ANA).
Ainda de acordo com a companhia, a queda no nível dos reservatórios é resultado da crise hídrica no estado, considerada a pior dos últimos 84 anos.
A Sabesp afirmou que está tomando todas as medidas necessárias para amenizar a estiagem, como bônus na conta de água para quem economizar e transferência de vazões entre os sistemas.
Medições de chuva.
As medições diárias do Cantareira, além de registros de chuva e média histórica para o período, começaram a ser feitas em 2003 pela Sabesp.
Desde então, o mês de outubro com índice pluviométrico foi o de 2008, quando choveu 175,2 milímetros, sendo que o previsto eram 132,8 milímetros.
Quedas
Já o Sistema Guarapiranga tem, desde julho, a pior situação entre os três maiores sistemas de abastecimento da Grande São Paulo.
O sistema, que abastece 4,9 milhões de pessoas na capital, foi o que apresentou maiores quedas em pontos percentuais nos meses de julho, agosto, setembro e outubro.
Os números são piores, inclusive, que nos sistemas Cantareira e Alto Tietê.
Apesar de abastecer uma população quase semelhante a do Cantareira, o Guarapiranga tem capacidade bem inferior: 171 bilhões de litros contra 1 trilhão do Cantareira.
O Sistema Guarapiranga começou a perder água com maior frequência a partir do mês de maio, quando perdeu 3,3 pontos percentuais.
Antes disso, em fevereiro, março e abril, o nível d'água subiu nos três meses.
Reforço ao Cantareira
Desde outubro, a participação do Guarapiranga no atendimento de cliente da Sabesp que eram atendidos pelo Cantareira foi ampliado.
Neste mês passou a ceder mais 1 mil litros/segundo no apoio ao Cantareira.
O Sistema Guarapiranga produz 14 mil litros por segundo.
Até fevereiro, atendia 3,9 milhões de pessoas e hoje atende 4,9 milhões nas zonas sul e sudeste da capital.
Está localizado na cidade de São Paulo e tem 17 quilômetros de extensão.
A transferência da Represa Billings para a Guarapiranga só é realizada quando necessário e teve início em agosto de 2000.
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Relação dos sistemas e bairros atendidos
Veja abaixo os principais sistemas:
Sistema Cantareira:
Capacidade total: 1 trilhão de litros
Volume disponível: 53 bilhões de litros
População que abastece: 6,5 milhões
Sistema Alto Tietê:
Capacidade total: 520 bilhões de litros
Volume disponível: 57,72 bilhões de litros
População que abastece: 4,5 milhões
Sistema Guarapiranga:
Capacidade total: 171 bilhões de litros
Volume disponível: 83,277 bilhões de litros
População que abastece: 4,9 milhões
Sistema Rio Grande:
Capacidade total: 112 bilhões de litros
Volume disponível: 84,336 bilhões de litros
População que abastece: 1,2 milhão
Sistema Alto Cotia:
Capacidade total: 16 bilhões de litros
Volume disponível: 5,392 bilhões de litros
População que abastece: 410 mil
Sistema Rio Claro:
Capacidade total: 13 bilhões de litros
Volume disponível: 7,345 bilhões de litros
População que abastece: 1,5 milhão de pessoas.
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