Por Fabio Campos
Texto
base: “A verdade é que vocês estão me
procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães
e ficaram satisfeitos”. – João 6.26 NVI
As pessoas têm a necessidade de “pertencer a um
bando”.
Precisam de um rótulo!
Qual escola de samba que se aprecia; o time de
futebol que torce.
Um bom exemplo disso são as torcidas organizadas.
O sujeito
mal gosta de futebol, mas é imponente em mostrar a camisa com o logo da facção.
Este tipo de comportamento também está no meio do povo de Deus.
Não basta ser
irmão; é preciso ser “irmão reformado”; “irmão pentecostal”; e por aí vai.
Quero tratar também daqueles que não param em
igreja alguma e vivem a reclamar dos irmãos.
É a banda que é ruim; é a falta de
jovens; o pregador que às vezes grita; e por aí vai suas acusações.
Sempre a
reclamação vem no campo do entretenimento e nunca da ética ou no campo doutrinário.
Doutrina pouco importa a estes, contanto que tenha diversão e churrasco nos
finais de semana.
A impressão que tenho que querem fazer da
igreja um clube.
Ou seja, no domingo vou ao templo para ver os amigos e colocar
a conversa em dia.
Do louvor fazem sua recreação e do culto o seu passatempo.
Fazem
de Deus o motivo para jogar conversa fora.
Reclamam de tudo!
Sempre afirma que
não são cuidados e que lhes faltam o auxílio.
São presas as pessoas apenas no
vínculo emocional e não espiritual e perdem o discernimento do que é falso ou
verdadeiro.
A igreja não é um clube mas o lugar que se
presta culto a Deus!
Não confunda “comunhão” com comer pizza depois do culto,
ou sair em grupo aos finais de semana.
Comunhão na Bíblia é estar no mesmo
espírito - se reunir em oração - no estudo da palavra e na prática das
boas-obras.
Lógico que existe espaço para a diversão saudável entre irmãos, mas
não confunda tal coisa com comunhão genuína ou parâmetro de perfeição para
identificar, se há ou comunhão ou não, entre os membros.
Grande multidão seguia Jesus, entretanto, o
real interesse não era o ensino, mas satisfazer as necessidades físicas e
emocionais.
“Comeram do pão e queriam
mais”.
Pessoas que toleram líderes imorais e hereges por conta de vínculos
emocionais.
Ai de alguém falhar com estes; isso me lembra o povo no Egito.
Erguiam
sua bandeira como povo de Deus, contanto, faltando à comida que perece, logo
lhe viam a saudade do Egito.
Um claro sinal que amam mais a si do que a Deus e
que veem a igreja como oportunidade de diversão e de se colocar em uma posição
[de cristão] perante a sociedade.
Em meio a toda essa multidão Jesus sabe quem
crê e quem não crê.
Ele conhece as intenções do coração.
Em João 6 vemos
exatamente isto!
Uma multidão que O seguia porque amavam a si mesmos.
Experimentaram
os milagres e do ensino, mas na hora da prova, não do entretenimento, foram
embora devido ao duro discurso de Jesus: “Por causa disso muitos seguidores de Jesus o
abandonaram e não o acompanhavam mais” (Jo 6.66 NTLH).
Em meio ao entretenimento, quando a espada de
dois gumes atravessa e acusa as intenções do coração - os que esperavam da
igreja um clube ou uma “assistência social” - e não um lugar de adoração a Deus,
vão embora, e o próprio Deus pela sua Soberania, não à nossa vista, tira o joio
do meio do trigo e ainda pergunta:
"Vocês também não querem ir?" (Jo 6.67).
Contudo, aos que pertence a Deus –
que amam a Sua Palavra – e que O desejam mais do que as bênçãos, ainda que seja
preciso abandonar alguns vínculos [nocivos] e agir com a pura razão em detrimento
da emoção, dirão pela convicção:
"Senhor, para quem iremos? Tu tens as
palavras de vida eterna” (Jo
6.68).
As igrejas dão mais atenção ao entretenimento
do que a teologia.
Infelizmente apologética, história da igreja e os ensinos
dos pais da igreja e dos reformadores – tudo se tornou extremamente chato
quando comparados às discussões futebolísticas e aos acontecimentos
profissionais.
Eles querem entreter, e não adorar.
Pessoas assim gostam do líder carismático – que
falam das aventuras da sua família e que aguçam os adeptos a se espelhar neste
padrão de vida.
Visto as marcas de roupas criadas pelos medalhões gospel.
O
povo gosta disso!
Querem um líder mais guerreiro do que Josué – mas intrépido
do que Elias – mais formoso do que Salomão – e desejam que suas famílias sejam iguais
à de seus líderes.
Não consigo ver toda essa pluma nAquele a qual
a Escritura diz: “...
não tinha qualquer beleza ou majestade que
nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos” (Is 53.2).
Jesus foi rejeitado por ter sido “manso e humilde de coração”, e até hoje
assim é, quando, todos os artifícios e esplendor deste mundo são aceitos pelas
pessoas, dado pelo Diabo através dos teólogos da prosperidade, com a nomenclatura de
“sucesso” e “bênção”.
“Esta igreja é demais, disso que estava precisando”,
pensam eles.
Aí é “pai apóstolo”, para cá; “bispa ou pastora mãe”, para lá.
Que Deus nos livre desta praga do
entretenimento sabendo que o culto é racional e que o Senhor conhece os que lhe
pertence, os quais O adoram em Espírito e em Verdade.
Como escutei certa vez: “Procure uma igreja que agrade a Deus e
não a você”.
Pensemo-nos todos nisso!
Soli Deo Gloria!
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