Edson Cholbi do Nascimento, filho de Pelé, foi preso nesta terça-feira (9).
Acusado respondia pelo crime de lavagem de dinheiro em liberdade.
A não apresentação do passaporte à Justiça causou a prisão de Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, ex-goleiro do Santos e filho de Pelé, na manhã desta terça-feira (8), em Santos, no litoral de São Paulo.
Há pouco mais de um mês, Edinho foi condenado a 33 anos de prisão por crime de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas.
O acusado respondia ao processo em liberdade, porém, um mandado de prisão foi expedido pelo Ministério Público e cumprido pela Polícia Civil.
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O delegado Luiz Henrique Artacho, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) em Santos, explica a decisão vinda do judiciário do Ministério Público da comarca de Praia Grande. “Não existe a prática específica de um crime.
O que consta no mandado é um problema com o passaporte dele.
A gente não sabe especificamente o motivo.
Consta que, por não apresentar este documento, esse caráter de recorrer em liberdade teria sido revogado.
Ele já foi condenado por associação ao tráfico de drogas.
Ele tinha o direito de recorrer em liberdade e essa revogação houve em virtude desse problema com o passaporte”, explica Artacho.
O delegado afirma que a Justiça ainda pode determinar, nos próximos dias, se Edinho voltará a responder o processo em liberdade. “No momento da prisão, não houve qualquer tipo de reação.
Simplesmente se entregou e resolveu cumprir com a sua parte, para até tornar as coisas mais fáceis.
Ele foi levado à cadeia anexa ao 5º Distrito Policial, em Santos, e agora compete à Justiça.
Se a Justiça entender que isso é descabível, pode revogar o mandado de prisão a qualquer momento”, finaliza.
Outros quatro condenados
Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o "Nai"; Maurício Louzada Ghelardi, o "Soldado"; Nicolau Aun Júnior, o "Véio"; e Ronaldo Duarte Barsotti, o "Naldinho", foram condenados pelo mesmo crime.
Outros quatro condenados
Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o "Nai"; Maurício Louzada Ghelardi, o "Soldado"; Nicolau Aun Júnior, o "Véio"; e Ronaldo Duarte Barsotti, o "Naldinho", foram condenados pelo mesmo crime.
De acordo com as investigações, "Naldinho" era o líder da organização criminosa, que mantinha sua base em Santos e possuía ligação com o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro.
Além dos réus condenados, outras pessoas integram o grupo, descoberto pelo Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) por meio da Operação Indra, em 2005.
O G1 entrou em contato com o advogado de Edinho, mas, até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno.
O caso
O ex-goleiro já havia sido preso em junho de 2005, em Santos, acusado de ter ligações com "Naldinho", que é apontado pela polícia como um dos principais traficantes da região.
Na ocasião, o filho de Pelé negou as acusações e declarou ser apenas dependente de drogas.
Em 17 de dezembro de 2005, Edinho foi solto ao obter um habeas corpus no Superior Tribunal Federal (STF).
Porém, em fevereiro de 2006, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro, o que resultou em uma nova prisão, 47 dias após ter conseguido a liberdade provisória.
Depois disso, a Justiça vinha negando com frequência os pedidos de liberdade feitos pela defesa do filho de Pelé.
No dia 21 de dezembro de 2006, a ministra do STF Ellen Gracie havia negado pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-jogador, mas, uma semana depois, os advogados de Edinho pediram reconsideração da decisão.
O ex-goleiro saiu da Penitenciária de Tremembé no dia seguinte
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