Em abril de 2012, estoque de água era de 76% e, no mês passado, 32,18%.
Representantes do ONS vão se reunir em Brasília para debater a crise.
O período das fortes chuvas já terminou, e os reservatórios das regiões
que mais produzem energia no país seguem em níveis baixos.
Os níveis
dos reservatórios chegaram a índices preocupantes nas regiões Sudeste e
Centro-Oeste, que têm 70% da capacidade de armazenamento no país.
Em abril de 2012, o estoque de água era de 76%.
O ONS (Operador
Nacional do Sistema Elétrico) calcula que essas regiões fecharam o mês
passado com 38,8% de reservatórios cheios.
É um nível que se aproxima do
que foi registrado em abril de 2001, ano do racionamento: 32,18%.
O professor Nivalde de Castro afirma que um agravante é o gasto com as
termelétricas, que respondem por 20% da eletricidade consumida.
Essas
usinas são contratadas para funcionar, no máximo, quatro meses por ano.
Em esquema de emergência, já estão operando sem parar desde outubro de
2012, como alternativa para economizar água dos reservatórios.
“Sem o programa de estímulo à redução do consumo de energia elétrica,
nós ficamos entre a cruz e a espada.
Por um lado, a demanda vai crescer.
Por outro lado, a oferta de termelétrica que vai ter que bancar parte
dessa demanda.
Mas, como não chove na média histórica, os reservatórios
não vão crescer.
O cenário é um cenário preocupante e crítico”, aponta
Nilvalde de Castro, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de
Janeiro).
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) informou que ainda não há
necessidade de diminuir o consumo e que vai acompanhar as chuvas nos
meses de maio a novembro.
Se necessário, recomendar a adoção de medidas
adicionais para garantir o fornecimento de energia – o que pode incluir
o racionamento.
Na próxima quarta-feira (7), os representantes do ONS vão participar da
reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, em Brasília.
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