Dona de casa de MS planeja morar com os filhos, estudar e trabalhar.
Suspeito está preso e nega ter cometido o crime com a família.
De volta à casa do pai, faz planos. “Quero uma vida normal, sem medo”, disse ao G1.
Mulher reencontrou o pai após ficar três meses em abrigo (Foto: Glaucea Vaccari/G1 MS)
Além da mulher, os quatro filhos dela também eram impedidos de sair da residência, alguns só podiam ir à escola.
O suspeito está preso e nega a denúncia.
Cira conta que trabalhava como doméstica na época em que se casou com o suspeito.
Descobriu o lado violento do companheiro assim que foi morar com ele. “Disse que eu nunca mais ia sair de casa”, relata.
Em todas as quatro gestações que teve, foi para a maternidade dar à luz, mas diante das ameaças que sofria, não teve coragem de contar sobre a violência.
“Tinha medo dele. Só de ele entrar em casa eu já sabia que ia beber e bater em nós”, disse.
Na época em que o caso veio à tona, os filhos do casal tinham 5, 10, 13 e 15 anos.
Somente três deles estudavam.
O mais velho foi retirado da escola pelo suspeito em 2013.
A justificativa do homem era que o garoto havia sofrido ameaças de morte.
Todos eram proibidos de falar aos colegas sobre as situações que vivenciavam dentro de casa.
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 Os meninos saíram do abrigo em fevereiro e estão morando com um tio 
materno. Reencontrá-los foi um alívio para a dona de casa. “Agora é outra vida.
Quero estudar, trabalhar, quero cuidar dos meus filhos.
É um sonho para mim”, relata.
Cira vai seguir com acompanhamento de assistentes sociais e conta que o pai está construindo uma casa para que ela more com os filhos. “Não estou mais com medo.
Agora estou me sentindo segura”, disse.
Sobre o ex, espera que fique preso e, caso seja solto, não a procure mais.
 
 
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