A Justiça determinou o afastamento para não prejudicar investigação.
João Emanuel nega irregularidades nas licitações da Câmara da capital.
João Emanuel teria participação em esquema de falsificação de documentos (Foto: Otmar de Oliveira/ Câmara de Cuiabá)
Foram apreendidos documentos, computadores e outros materiais no Legislativo e em quatro residências, entre elas a do presidente da Câmara, João Emanuel Moreira Lima (PSD).
Também houve buscas em um Cartório de Serviço Notarial de Várzea Grande, região metropolitana na capital, em uma gráfica e em um escritório de contabilidade.
João Emanuel negou qualquer irregularidade nos processos licitatórios da Câmara e disse estar à disposição do Gaeco para contribuir com as investigações.
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O parlamentar, de acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), teria
participação na falsificação de documentos de terrenos, que seriam
usados como garantia a agiotas para obter dinheiro a ser usado na futura
campanha do parlamentar a deputado estadual nas próximas eleições. Conforme o MPE, os terrenos seriam pagos com a garantia de participação em processos licitatórios fraudulentos no Legislativo.
A operação foi batizada de Aprendiz.
Além disso, o MPE pediu e a Justiça determinou nesta quarta-feira (27) o afastamento João Emanuel da presidência da Câmara Municipal.
A ideia é que as investigações não venham a ser prejudicadas.
"Certamente o afastamento de João Emanuel da presidência da Câmara irá contribuir com as investigações, permitindo que documentos sejam localizados e testemunhas sejam ouvidas sem o constrangimento de estarem prestando declarações contra a chefia”, diz um trecho da decisão da magistrada Selma Rosane Santos de Arruda, da Vara Especializada Contra o Crime Organizado.
A defesa de João Emanuel informou que deve ingressar com recurso na Justiça para que o vereador seja reconduzido ao cargo de presidente do Legislativo.
Venda de sentença
João Emanuel também é acusado de suposto envolvimento em um esquema de venda de sentença judicial.
Ele e mais nove pessoas são suspeitas de tentar comprar decisões judiciais, no valor de R$ 1 milhão, para que fosse colocada em liberdade uma família presa por acusação de tráfico de drogas.
Ele chegou a ser afastado da presidência da Câmara, mas depois retornou por meio de liminar.
A operação chamada de Assepsia
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