Governo do Estado e do Catar podem fechar acordo na área educacional
A chegada da sheikha Mozah Bint Nasser Al-Missned, do Catar, a
Belém, ontem (15), pode representar o início de uma colaboração entre a
Fundação Catar e o setor educacional do Estado, garantindo o
funcionamento de escolas indígenas.
Ela desembarcou no início da noite
no Aeroporto Internacional de Belém, vinda do Rio de Janeiro.
Ao pisar
em solo paraense, a sheikha Mozah foi recepcionada pela coordenadora do
Programa Propaz, Izabela Jatene, e pelo secretário especial de Estado de
Promoção Social, Alex Fiúza de Mello, além de outros dirigentes do
governo estadual.
Mozah
desceu do avião Airbus 330, do Catar, e seguiu rapidamente, com escolta
das polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar, do aeroporto para o
Parque da Residência, onde foi recebida pelo governador Simão Jatene e a
esposa, Ana Jatene, pelo vice-governador Helenilson Pontes e
secretários de Estado.
Na chegada ao restaurante do Parque da
Residência, a sheikha assistiu a uma apresentação de boas-vindas do
grupo parafolclórico Frutos do Pará, coordenado pela folclorista e
radialista Iracema Oliveira.
Acompanhada pelo
embaixador brasileiro Carlos Ceglia, do Ministério das Relações
Exteriores, pela amiga brasileira Bethy Lagardère, ex-modelo radicada na
França, e comitiva, a sheikha conversou, reservadamente, com o
governador Simão Jatene e autoridades paraenses, antes de se hospedar no
Radisson Maiorana Hotel.
Ela conhecerá
experiências bem-sucedidas em escolas indígenas, projetos sociais na
área de educação e o funcionamento do Pacto pela Educação, do Governo do
Estado, coordenado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
A
expectativa de investimentos em ações sociais no Estado por parte da
Fundação Catar poderá se concretizar por meio de parcerias estratégicas e
financeiras no sistema de educação do Estado, a partir do fato de que a
Fundação mantém ações beneficiando crianças pobres em todo o mundo.
A
Fundação Catar é considerada como uma das maiores instituições no setor
de educação e o Pará é o único Estado da Região Norte a receber a
visita da presidente da Fundação.
Xikrin, em Água Azul, receberão a visitante -
Hoje a sheikha Mozah deverá se reunir com o governador Simão Jatene no
hangar do Governo, em Val-de-Cães, antes de seguir viagem até a Serra
dos Carajás, de onde viajará de helicóptero para a aldeia Djudjêko, da
etnia Xikrin, em Água Azul do Norte, no sudeste do Pará.
A intenção da
sheikha do Catar é conhecer as ações empreendidas pelo governo do Estado
na área da educação indígena, sistema de ensino e características
culturais da comunidade.
A sheikha Mozah
Missned regressará a Belém ainda hoje e jantará com autoridades.
Amanhã
Mozah Al-Missned conhecer pontos turísticos do Pará e após o almoço
seguirá para Nova York, nos Estados Unidos.
Estado mantém seis escolas indígenas -
A rede estadual conta com seis escolas indígenas e oito escolas anexas,
atendendo cerca de 950 estudantes nos níveis infantil, fundamental e
médio.
A população indígena no Estado é de 51.217 cidadãos de 55 povos.
Em todo o leque de ações de educação escolar indígena, são 13 mil alunos
atendidos.
As ações desenvolvidas pelo governo
estadual na educação escolar indígena incluem ainda uma escola
itinerante de formação de professores índios do Pará; ensino regular
indígena; ensino modular indígena; oficina para elaboração e publicação
de material didático; ensino na modalidade Educação de Jovens e Adultos
(EJA) e exames de suplência.
O curso de
formação de professores indígenas contabiliza 159 indígenas formados e
outros 82 que se formarão ainda este ano, envolvendo 43 etnias de 55
existentes no Pará.
Cerca de R$ 15 milhões foram investidos para formar
novos professores indígenas para atuar nas séries iniciais do ensino
fundamental.
O Pacto pela Educação tem como
meta aumentar em 30% o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb) desde o nível Fundamental I E II até o Ensino Médio em cinco anos
Fonte: Jornal Amazônia
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