Vidal esbanjava dinheiro em baladas, gastando R$ 3 mil em 1 noite, diz PF.
Operação Esopo apura fraude que teria desviado cerca de R$ 400 mi.
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Deivson Vidal, presidente de instituto em MG, é suspeito de chefiar fraude (Foto:
Reprodução/Polícia Federal)
Reprodução/Polícia Federal)
Estas são características usadas pela Polícia Federal (PF) para definir o perfil de Deivsion Oliveira Vidal, presidente da organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), investigada por um suposto esquema de fraude na celebração de contratos, em diversas áreas, com órgãos públicos, inclusive o Ministério do Trabalho e Emprego.
Após a deflagração da Operação Esopo, que apura o desvio cerca de R$ 400 milhões, o secretário-executivo e ex-ministro interino do trabalho, Paulo Roberto Pinto, além de servidores da pasta foram exonerados.
Ao todo, mais de 20 pessoas foram detidas na operação, sendo 15 delas em Minas Gerais.
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Com a facilidade de comunicação, apontam as investigações, o presidente do instituto, exerceu grande influência em todas as etapas, apesar da “pouca idade”.
Segundo as apurações, Deivson Vidal conseguiu mudar de vida rapidamente, tornando-se um milionário, com mais de R$ 6 milhões aplicados em um único investimento em um banco.
De funcionário da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), que ganhava R$ 800, rapidamente, ele passou a ser presidente de um instituto, que movimentava altos valores.
Esse rápido enriquecimento, segundo a polícia, seria, justamente, proveniente de “negócios escusos” mantidos com o poder público.
Presidente de Oscip tem mansão em condomínio de luxo, segundo PF (Foto: Reprodução/Polícia Federal)
Segundo a quadrilha, assim como o presidente do IMDC, outros integrantes do suposto esquema compartilham o mesmo perfil de jovens, geralmente de origem humilde.
Vidal era visto circulando em carros de luxo, aponta investigação (Foto: Reprodução/Polícia Federal)
Apelidado pelos amigos de “prefeito”, habitué de baladas em famosas casas noturnas, ele se gabava, de acordo com as apurações, em dizer que gastou mais de R$ 3 mil em uma única noitada.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, Vidal era visto circulando em carros de luxo, inclusive em um modelo que não consta nas tabelas de cotação brasileiras.
Além de presidir o Instituto Mineiro de Desenvolvimento e Cidadania, ele é proprietário de outras empresas, como a Conquistar Consultoria Empresarial, que também teria importante papel no esquema, lavando o dinheiro da Oscip.
Deivson Vidal foi preso nesta segunda-feira (9) e está detido na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana.
Ele é suspeito de fraude a licitação, peculato, corrupção ativa, falsidade ideológica, sonegação fiscal, lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores e formação de quadrilha.
As penas máximas dos detidos na operação podem chegar a 30 anos.
O G1 tentou entrar em contato, por telefone, com algum representante do IMDC, mas as ligações não foram atendidas.
O advogado do suspeito ainda não foi identificado pela reportagem.
Operação Esopo
A operação Esopo, da Polícia Federal, visa a desarticular um esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal.
A suspeita levantada por investigações nos últimos cinco anos é de que o esquema organizado pela Oscip Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), em parceria com diversos servidores públicos e pessoas influentes no governo, além de empresários, teria custado mais de R$ 400 milhões aos cofres públicos, em serviços contratados, porém não prestados à sociedade.
22 pessoas foram presas nesta segunda-feira (9), 15 delas em Minas Gerais.
Entre os presos, há ex-prefeitos, empresários, os diretores da oscip, e pessoas que ocupavam cargos de alto escalão em entidades.
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