Amazon, Kobo e iba apostam na feira para divulgar mercado de e-books.
Abertura da 16ª Bienal Internacional do Livro Rio foi nesta quinta-feira (29).
Ricardo Garrido, diretor do iba (Foto: Isabela Marinho / G1)
A novidade, apresentada nesta quinta-feira (29) na abertura da 16ª Bienal Internacional do Livro do Rio, se deve ao crescimento exponencial da venda de tablets no país.
Segundo Ricardo Garrido, diretor de operações da iba – a primeira plataforma brasileira para consumo de conteúdo digital –, há dois anos um milhão de aparelhos tinham sido vendidos no Brasil. Atualmente, o número aumentou para seis milhões.
Desde a sua criação, em março de 2012, o iba atingiu 500 mil usuários ativos que utilizam aplicativos de leitura.
Este público tem aumentado em 50 mil, por mês, nos últimos três meses.
“Temos a expectativa de atingir um milhão de pessoas até o fim do ano”, disse Garrido, acrescentando que atualmente o principal leitor de e-books é o público masculino, na faixa etária entre 35 e 45 anos, pertencentes à Classe A .
Ele também acredita que à medida que o número de venda de tablets cresça e tenha preços mais acessíveis, o mercado de e-books sofrerá muitas mudanças.
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Para Garrido, a aposta no tablet como plataforma está diretamente
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“O e-reader não tem a mesma atração que o tablet.
Os consumidores estão interessados em aparelhos multiusos e não com um fim de consumo único”.
Atualmente a maior parte das compras de livros digitais em relação aos impressos tem origem em cidades do interior e nas capitais da Região Nordeste.
Letícia Lira, gerente de mídias digitais do grupo Ediouro, conta que da última Bienal para esta o número de livros no catálogo digital da empresa aumentou “praticamente 100%”.
Atualmente, com 300 títulos nesta modalidade, o grupo ainda não tem um perfil exato do consumidor, tampouco do gênero mais vendido, no entanto há títulos que são sucesso de vendas como o evangélico “Casamento Blindado”, o clássico francês “O pequeno Príncipe”, além de autores brasileiros como Nelson Rodrigues, João Guimarães Rosa e Mário de Andrade.
Segundo Letícia, os resultados estão acima das expectativas.
Ela ressalta que o diferencial dos e-books é poder trabalhar o que as lojas não aceitam bem na versão impressa.
“Temos seis mil livros no catálogo.
Na versão digital, o leitor vai poder achar futuramente o título que ele quiser”.
Com a finalidade de criar a cultura de venda do e-book, a Ediouro vai ter um totem no bienal com todo o seu catálogo.
Os leitores vão poder navegar pelos títulos sem restrições.
“A ideia é disponibilizar uma degustação e mostrar que o livro digital não é um bicho de sete cabeças.
Queremos mostrar que há grandes vantagens como a mobilidade, o aumento de fonte, além de o leitor poder ter uma biblioteca inteira disponível”.
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