Pecuarista do Sul de MG gasta R$ 14 mil para levar funcionários ao rodeio.
Estrutura montada no camping por ele tem cozinha e banheiro particular.
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Antônio leva a família e os funcionários que não faltaram ao trabalho para Barretos (Foto: Érico Andrade/G1)
O prêmio até poderia ser oferecido em um sorteio, mas para os funcionários da fazenda Jacubá em Carmo do Rio Claro, no Sul de MG, este tipo de mordomia faz parte de um bônus oferecido pelo próprio patrão.
Há 12 anos, o pecuarista Antônio Vitor ‘banca’ na Festa do Peão de Barretos todas as despesas dos peões que se comportaram bem o ano todo no trabalho.
“A condição é não faltar no serviço”, diz Vitor.
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Neste ano, o fazendeiro gastou uma média R$ 14 mil para trazer nove
empregados e as famílias deles a Barretos. No ‘Camping dos Casados’, um verdadeiro condomínio é montado para abrigar as 24 pessoas.
Há estrutura com traillers, cozinha, banheiro particular e até TV a cabo.
“Aqui não tem patrão e empregado, é tudo pé vermelho igual e estamos entre amigos”, diz Vitor.
Na fazenda de gado leiteiro e de corte no Sul de MG, ficam apenas os funcionários que faltaram em alguma ocasião ao trabalho ou os tiradores de leite.
“Não tem como deixar de tirar o leite, então revezamos ou então dou entradas para a festa da cidade para compensar”, afirma.
Vitor mostra a cozinha onde é preparada a comida para os 24 festeiros (Foto: Érico Andrade/G1)
“A gente dá conta disso tudo sem problemas”, disse Marcelo Albino, um dos funcionários gratificados com a viagem deste ano.
“Esse momento é o nosso lazer preferido, todos os anos esperamos por isso”, afirma.
Para cada casal hospedado no camping, Vitor precisou desembolsar R$ 1,1 mil.
Uma tenda com dez metros quadrados garante a proteção contra o sol.
Uma cozinha, de R$ 9 mil, foi feita especialmente para a ocasião e só sai da fazenda uma vez por ano.
“Quando acaba a gente volta pra casa, guarda tudo e só usa de novo no ano que vem”, disse a mulher de Vitor, Ângela Maria de Souza.
A cozinha tem pia com água armazenada em um galão e dois fogões.
“O industrial a gente leva para o lado de fora para fritar peixe, porque lá dentro não teria condição com a sujeira que ficaria”, explica Ângela.
O patrão e os empregados só vão retornar ao Sul de MG na segunda-feira, após o fim do ano.
"Para o próximo ano será a mesma coisa, é um esquema de troca.
Pra mim é interessante porque não tenho problemas com faltas e para eles há a vantagem de poderem descansar e curtir com a família, o que é o mais importante", diz o patrão.
As netas de Vitor mostram ovos de ganso que vieram da fazenda no Sul de MG (Foto: Érico Andrade/G1)
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