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quarta-feira, julho 24, 2013

Bianca 'tinha nojo' do cunhado, diz mãe sobre a filha em júri

Marta Maria Ribeiro foi a primeira a falar no julgamento de Sandro Dota.

Bianca Consoli foi morta, aos 19 anos, por asfixia em setembro de 2011.

 

Roney Domingos Do G1 São Paulo
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Marta Maria Ribeiro, mãe de Bianca Consoli, disse em seu depoimento durante o julgamento do motoboy Sandro Dota, nesta terça-feira (23), que a filha “tinha nojo” do cunhado. 

O júri começou por volta das 15h, no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo

Bianca Consoli, então com 19 anos, foi morta por asfixia em setembro de 2011.

A mãe dela foi a primeira a falar ao júri. 

O depoimento dela durou duas horas e 40 minutos. 

Ela chorou ao lembrar do momento em que encontrou a filha morta. "A primeira imagem que vi foi minha filha jogada no chão com a cabeça virada de lado. 

Pensei que ela tinha caído. 

O pescoço estava rígido e a cabeça dura", afirmou. "Saí desesperada e pedi a um vizinho que fizesse massagem cardíaca nela. 

Quando ele fez a massagem, saiu uma sacola plástica da boca dela", contou.

Bianca foi apontada pela mãe como uma jovem responsável e trabalhadora e que dizia reservadamente que ela não gostava do cunhado. "Ela falava para mim várias vezes que sentia nojo dele", disse em seu depoimento.

A mãe de Bianca afirmou que ouviu de uma amiga de infância da vítima que Sandro a assediava. 

Essa amiga de Bianca, testemunha protegida, desistiu de depor nesta terça-feira e alegou ter sido ameaçada por telefone por Sandro, que está preso.

Sandro Dota era marido da irmã de Bianca, Daiana Ribeiro Consoli. 

Daiana o conheceu ao visitar o marido, internado em uma clínica para dependentes de drogas. 

Ao saber do relacionamento entre Sandro e Daiana, o marido dela se matou.

A mãe de Bianca disse que a enteada de Sandro, de 6 anos, disse, após o crime, que ele a  observava tomando banho. 

Marta também afirmou que ele não gostava de ser contrariado e que deu cavalo de pau em sua moto em frente a uma loja da família após um desentendimento com Daiana.

Mãe de Bianca diz acreditar 100% na polícia (Foto: Roney Domingos/G1) 
 Mãe de Bianca diz acreditar 100% na polícia (Foto: Roney Domingos/G1)
 
 
A mãe de Bianca disse que só passou a acreditar na culpa de Sandro após a perícia na calça que ele usava no dia do crime. 

Ela disse que notou o sumiço de uma chave da casa dias antes do assassinato. 

Marta relatou ainda que a outra filha, mulher de Sandro, havia pedido emprestada uma chave para acesso à área de serviço, que ela usava para estender roupas. 

E afirmou que o marido da avó da vítima, um eletricista, trabalhava na casa naquela semana.

Delegada

A segunda testemunha a depor nesta terça-feira foi a delegada Gisele Aparecida Capello Lelo, primeira a presidir o inquérito. 


Ela relatou ter ouvido de uma testemunha o relato de que Sandro se insinuava para a cunhada e chegou a dizer para ela a frase "Ai se eu te pego".

Vestido de blusa preta e calça marrom, Sandro assistiu ao depoimento mantendo-se com a coluna alinhada ao encosto da cadeira e movimentando os lábios constantemente.

Chamada a falar pela defesa do réu, a delegada disse que indiciaria Sandro mesmo sem o exame de DNA, primeiro por causa do comportamento agressivo dele e depois, pelo fato de ser mulherengo. 

Também disse que havia motivo para o crime, porque ele tinha interesse em Bianca, que nunca correspondeu ao assédio e tinha medo de que a família descobrisse. 

Segundo a delegada, diante dos antecedentes criminais de Sandro, preso anteriormente por furto, cogitou-se a hipótese de que o crime fosse patrimonial, o que não se confirmou.

Investigador

Maurício Vestyik, investigador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP), começou a ser ouvido por volta das 20h10 desta terça-feira. "Os demais suspeitos apresentaram álibis plausíveis, menos o Sandro", declarou o policial civil perante o júri. "Até as 14h14, ela conversava com o Bruno (namorado) por telefone. 


Ela foi encontrada morta por volta das 19h. Nesse período o Sandro não tinha álibi", completou. 

"Ele disse para nós que ficou assando pão, mas uma testemunha o viu andando a pé. 

E a avó disse que o viu chegar próximo da casa", disse. 

Os investigadores dizem que a máquina de fazer pão estava em cima da mesa, de acordo com a mulher dele, sem uso há dias.

O investigador também lembrou que Sandro foi o único a se recusar a fornecer sangue e a impressão palmar, sob o argumento de não estar disposto a fazer prova contra si mesmo. 

O suspeito também não deu explicações convincentes para um dos três ferimentos encontrados no corpo.

O investigador disse que a princípio a polícia não tinha suspeita de Sandro. "Quando chegamos à casa, vimos a roupa. 

A mulher dele (Daiana, irmã da vítima) autorizou que a roupa fosse levada e deixou que os investigadores a fotografassem entregando a peça."

Segundo o policial, a  mulher de Sandro disse quando entregou a peça que ele voltou para casa, trocou de roupa e tomou banho. 

Os investigadores encontraram na casa sacolas semelhantes à encontrada na boca da vítima.

O investigador afirma que Sandro esteve em dois momentos naquela tarde em uma empresa de entrega,  às 14h e às 16h30, sendo que permaneceu lá por cerca de dois minutos em cada uma das ocasiões. "Ele foi à empresa, depois foi para casa e depois teria saído a pé", segundo testemunhas, disse o investigador.

Os investigadores mapearam os deslocamentos de Sandro por meio de antenas de celular (ERBs) que o deixam na vizinhança do local do crime no momento em que ocorreu.  

Também foram a chaveiros  da região para saber se  Sandro fez cópias de chaves.

Segundo o investigador, a cena do crime apontava para luta corporal. 

Foram observados maços de cabelo e móveis fora do lugar.  

Também entrou na conta o temperamento da vítima, que  reagiu a um assalto certa vez e colocou o ladrão para correr. 

Também disse a familiares, ao ver uma notícia de estupro na televisão, que preferia morrer lutando a se entregar.

O depoimento do investigador Maurício Vestyik terminou por volta das 22h15. 

Em seguida, a juíza Fernanda Afonso de Almeida encerrou o primeiro dia de julgamento. 

A sessão deverá ser retomada a partir das 10h desta quarta-feira (24).

Julgamento

O julgamento acontece quase dois anos após Bianca ser assassinada na casa onde morava, na Zona Leste de São Paulo. 


A estudante foi encontrada com um saco na boca e sinais de agressão pelo corpo. 

Segundo a perícia, ela tentou se defender com as mãos, mas foi imobilizada.

O Ministério Público sustenta que Dota matou Bianca porque ela não quis fazer sexo com ele. O réu, que está preso preventivamente, nega o crime. 

Dota será julgado por um júri formado por quatro homens e três mulheres.

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