Encontra-se
preso preventivamente na 20ª Seccional de Polícia Civil em Parauapebas o
Sr. Adams Almeida Gomes (foto), brasileiro, solteiro, técnico de
enfermagem, natural de Marabá-PA, 28 anos, residente e domiciliado em
Parauapebas. Ele está sendo acusado de no dia 27 de março de 2013, sem
consentimento, ter mantido relações sexuais com a paciente C.J.C., 19
anos, nas dependências do Hospital Municipal de Parauapebas.
Segundo informado, a menor deu entrada no HMP por
volta das 17:30 horas do dia 27 queixando-se de fortes dores de cabeça e
febre, recebendo pronto atendimento médico e encaminhada para a
enfermaria sob os cuidados do técnico de enfermagem Adams para que este
lhe ministrasse a medicação prescrita.
A vítima afirma que o funcionário a encaminhou a uma
sala de medicação oferecendo-lhe um medicamento que, segundo ele, seria
“Dipirona”. Conta a vítima que Adams ainda preparou uma medicação
injetável, solicitando que a mesma abaixasse a calça jeans que trajava.
Nesse momento, contou a vítima à autoridade policial, sentindo-se
sonolenta, recebeu de Adams o oferta para que o mesmo a ajudasse com as
calças, tendo o mesmo aplicado uma medicação nas nádegas.
Logo depois, continua a vítima, Adams ofereceu-lhe um
novo comprimido alegando ser outra “Dipirona”. Fato que levou a jovem a
estranhar, tomou já que confiava nos procedimentos profissionais do
téc. de enfermagem.
A vítima conta que após esse procedimento foi
encaminhada à uma sala de observação no HMP, onde dormiu profundamente,
sendo acordada horas depois pelo acusado que a conduziu para a sala de
medicação anterior.
Nessa sala Adams, afirma a vítima, deu início a uma
conversa onde a questionava sobre sua vida amorosa, no mesmo momento em
que, munido de um estetoscópio, ergueu sua blusa e abaixou as calças da
vítima, indagando-lhe se podia tocá-la.
Sem saber se era um
procedimento clínico, a inocente vítima consentiu, interrompendo-lhe
após sentir fortes dores na vagina. “Você não pode fazer isso pois sou
virgem, evangélica e não quero isso”, afirmou a vítima ao acusado.
Adams comunicou-lhe que a mesma estava sangrando,
fato percebido pela menor.
Nesse momento a vítima tentou levantar-se e
verificou que Adams estava com o pênis ereto. Foi quando pediu ao mesmo
que a levasse de volta ao leito anterior.
Adams fechou o zíper de sua
calça e atendeu seu pedido, Lá chegando, sentindo-se sonolenta, disse se
lembrar que o acusado a questionava sobre assuntos alheios ao seus
trabalho, sobre namoro e vida sexual.
Passado algum tempo a vítima foi ao banheiro,
percebendo ali que sua roupa íntima suja de sangue. Conta a vítima que
Adams lhe ofereceu outra medicação, mas esta foi recusada pela vítima. A
menor afirma que Adams tentou novamente tocá-la mas foi impedido.
Sem saber como se portar em relação a tal situação,
somente no dia 29 a vítima teve coragem para informar o ocorrido à sua
mãe, que mora em Jacundá.
Inconteste, o pai da vítima compareceu até a 20ª
Seccional de Polícia de Parauapebas, relatando os fatos ao delegado
Thiago Carneiro Rodrigues e ao escrivão Alexandre Ferreira.
O delegado,
após o resultado do exame sexológico forense que comprovou a versão da
vítima, encaminhou à justiça um pedido de prisão preventiva do
enfermeiro.
Após análise da representação encaminhada, o juiz
Líbio de Araújo Mouro determinou a prisão de Adams como medida cautelar,
sendo o mesmo preso na tarde de sábado pelo investigador Valmir Franco,
daquela Seccional.
Adams está sendo acusado de infringir o parágrafo
primeiro do artigo 217-A do Código Penal (seduzir ou praticar ato de
conjunção carnal com incapaz) e, se confirmados os fatos, poderá pegar
de 8 a 15 anos de prisão.
Segundo o delegado presidente do inquérito, Adams
deve ser ouvido até amanhã e depois será transferido para Marabá em
virtude de na Depol local não haver como garantir sua segurança.
Nos corredores da Depol o Blog foi informado que o
acusado já conhecia a vítima e que esse tipo de conduta
anti-profissional lhe era peculiar nos outros locais onde prestou
serviço. A autoridade policial não confirmou essa informação, todavia,
disse que ao longo da investigação, caso verdadeira, isso deverá
aparecer.
A Secretaria de Saúde de Parauapebas não emitiu
nenhuma nota sobre o caso, mas assim que informado do ocorrido, o
secretário de saúde de Parauapebas, Dr. Rômulo Pereira Maia, afastou
temporariamente o enfermeiro de suas funções e auxiliou a polícia
prestando todas as informações solicitadas.
Via telefone o secretário
disse que sente muito o ocorrido e que colocou todo o corpo clínico da
Semsa à disposição da família e que acompanhará pessoalmente o caso.
Adams Almeida Gomes é concursado da Secretaria de
Saúde de Parauapebas sendo admitido em 30 de junho de 2010 para prestar
serviço na emergência do Hospital Municipal de Parauapebas.
Atualização às 20:35 horas
Nota de Esclarecimento
Sobre a acusação que incide sobre o técnico de
enfermagem lotado no Hospital Municipal de Parauapebas, Teófilo Soares, a
Prefeitura Municipal de Parauapebas esclarece que:
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) já adotou
as medidas administrativas exigidas, como o afastamento do servidor
efetivo, no sentido de verificar a possível infração praticada no
exercício de suas funções.
O servidor faz parte do quadro de pessoal da
Semsa desde 2010, após ser aprovado no concurso público realizado no ano
de 2009.
Já foram tomadas também as providências para
abertura de uma sindicância, que tem como finalidade a apuração do fato.
Além disso, a Semsa ofereceu apoio à vítima, assim como a sua família, e
está colaborando de forma irrestrita com as investigações da polícia.