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quarta-feira, abril 03, 2013

Filha mais nova do rei da Espanha é indiciada no caso Urdangarin

Infanta Cristina foi indiciada por tráfico de influências.
Ela irá depor no dia 27 de abril.



A infanta Cristina, filha mais nova do rei Juan Carlos da Espanha, foi indiciada por tráfico de influências no caso de suposta corrupção que afeta seu marido, o ex-jogador de handebol Iñaki Urdangarin, informou nesta quarta-feira (3) uma fonte judicial à agência de notícias France Presse.

O indiciamento é o capítulo mais grave de um escândalo que explodiu no fim de 2011 e representou um duro golpe na popularidade da monarquia espanhola e do rei Juan Carlos, de 75 anos.

A infanta, cujo nome apareceu recentemente em e-mails repassados à imprensa pelo ex-sócio de Urdangarin, Diego Torres, vai depor em 27 de abril ante o juiz "por delito de tráfico de influências", segundo a fonte.

"A Casa do Rei não faz nenhum comentário sobre as decisões judiciais", declarou à AFP um porta-voz da Casa Real.

Imagem de arquivo mostra a princesa da Espanha Cristina chegando para assistir funeral do ex-presidente do Comitê Olímpico Internacional em 22 de abril de 2010 (Foto: AFP PHOTO / JOSEP LAGO)Imagem de arquivo mostra a princesa da Espanha Cristina chegando para assistir funeral do ex-presidente do Comitê Olímpico Internacional em 22 de abril de 2010 (Foto: AFP PHOTO / JOSEP LAGO)
 
Entenda o caso

Urgadangarín, o duque de Palma, casado com Cristina de Borbón, filha caçula do monarca, é acusado pelo Departamento Anticorrupção da polícia, de participar de um esquema com o objetivo de se "apoderar de fundos públicos, utilizando faturas falsas e infladas com orçamentos e serviços fictícios", de falsificação e lavagem de dinheiro em paraísos fiscais, de acordo com a BBC.

Urgadangarín era dono de uma empresa, o Instituo Nóos, consultoria que prestava serviços na área de esportes para governos regionais e empresas privadas, principalmente nas regiões de Valencia e Mallorca.

Em sua última audiência com o juiz José Castro, de Palma de Malhorca, nas Ilhas Baleares, responsável pela instrução do 'caso Nóos', o genro do monarca havia se esforçado para afastar a Casa Real do escândalo, segundo a AFP.

Urdangarin, de 45 anos, é suspeito, assim como Torres, de ter desviado milhões de euros de dinheiro público através do Instituto Nóos, uma entidade que presidiu entre 2004 e 2006.

O jornal "El Mundo" informou na semana passada que a defesa de Torres havia entregue ao tribunal de Palma um pacote com 30 mensagens eletrônicas.

'Em algumas delas aparece como o Duque explicava a sua mulher detalhes do funcionamento e dos negócios do Nóos, já que ela integrava a direção', afirmou o jornal.

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