Bispo denuncia tráfico de humanos e pedofilia na Ilha do Marajó, no Pará
Um anos depois, mesmo com a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, na Assembléia Legislativa do Pará, que investigou 148 casos e visitou 47 municípios do estado, a situação não mudou, garante o religioso.
Dom Azcona diz que cidades como Portel e Breves, no Marajó, e a capital Belém continuam servindo de rotas para o tráfico internacional de seres humanos e de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Dom José Luis Azcona diz ter informações de que continua em
vigor uma prática já denunciada, inclusive, em nível nacional.
Meninas, entre 12 e 16 anos, fazem sexo nas balsas que cortam o rio Tajapuru, às margens dos municípios de Breves e Melgaço.
Em troca, as adolescentes recebem alguns poucos quilos de carne e litros de óleo diesel.
Elas são conhecidas como "balseiras".
De acordo com Dom José Luís Ascona, pelo rio Tajapuru passam 75% de mercadorias e do transporte de passageiros na rota entre Belém e outras cidades da Amazônia.
- Isso é uma abominação - afirma.
O bispo do Marajó também reiterou outra denúncia.
Mulheres homossexuais que promovem o aliciamento de adolescentes e mulheres adultas.
De Portel, elas seguiriam via Breves e Anajás para Afuá, onde perdiam-se as pistas sobre o paradeiro dessas mulheres.
Mas tudo indica que seguiam para a Guiana Francesa, caracterizando o tráfico humano para a prostituição
Não é
novidade a denúncia apresentada por Dom José Luiz Azcona, 68 anos, bispo do
Marajó, sobre prostituição infantil e outras formas de opressão e exploração
naquela região.
Diz Dom José que "que num dos rios da região de Breves Melgaço e Portel, meninos e meninas de 12 a 16 anos aproveitam o percurso das balsas para subir nas embarcações e se prostituirem em troca de carne ou óleo de cozinha."
Mas há um detalhe que o bispo do Marajó se esqueceu de mencionar.
Segundo reportagem publicada em novembro de 2006 por "O Estado do Tapajós", as meninas se prostituem também em troca de óleo combustível, que os marítimos desviam dos tambores das embarcações.
A foto de Cadu Gomes, do Correio Braziliense, denuncia a presença de três meninas abordando um desses 'empurradores' de balsas.
Muitos desses comboios partem de Santarém em direção a Belém.
As meninas revendem o óleo para proprietários de pequenos barcos ou bajaras de pescadores de localidades próximas de onde moram com os pais.
Reportagem da emissora de Tv Al Jazeera (Arábia), postado no youtube esta causando grande polêmica, o vídeo mostra como sobrevivem muitos ribeirinhos que moram as margens do rio Tajapuru, que margeia os municípios de Breves e Melgaço.
No vídeo que tem a duração de 25 minutos, o descaso com a população no Marajó é mostrado de uma forma clara, meninos e meninas arriscam suas vidas subindo nas embarcações em movimento que cruzam os rios da Amazônia para vender os produtos extraídos da floreta.
Durante as filmagens podemos ver que os meninos fazem um grande sacrifício para conseguir vender suas mercadorias por um preço singelo, e com o pequeno lucro obtido compram sua refeição no restaurante do navio.(CLIQUE NA FOTO E ASSISTA O VÍDEO)
Meninas sobindo no barco |
Em nome da sobrevivência vale qualquer risco |
Passageiros que viajam pelos rios que cortam a ilha do Marajó já estão acostumados com essa situação, sacos com roupas e mantimentos são lançados ao mar em direção às inúmeras famílias que ali estão.
No rio Tajapuru mostrado na reportagem passam cerca de 75% das mercadorias e transporte humano movimentando a rota para quem vai de Belém para o Baixo-amazonas ou Macapá.
Com todas as ações de Governo previstas para o Marajó, os resultados tem sido muito pequenos diante da dimensão dos problemas, pois esta situação já é vivenciada a décadas pelo povos ribeirinhos da Amazônia e, mesmo com todos os avanços tecnológicos e econômicos do Brasil da atualidade, não conseguimos mudar um centímetro a realidade humilhante que nosso povo vive.
Quando deveriam estar, também, recebendo os benefícios de tantos bilhões em dinheiro jogados a cada ano nos ralos da corrupção e das gastanças desnecessárias.
Por estes e outros motivos é que, descrente que algo possa ser feito a curto prazo, fundamentalmente pela falta de vontade política, é que defendo a Federalização do Marajó, junto com Dom José Luiz Ascona e tantos outros amigos e irmãos que juntam-se na defesa de nossa região, determinados a lutar de todas as formas para que respeitem nosso povo e nossa história.
Chega de humilhações.
Chega de miséria.
Basta de discursos demagógicos e enganadores.
MARAJÓ TERRITÓRIO FEDERAL JÁ!!!!!!
(Contribuição site MOL)
A denúncia de prostituição infantil na região
do município de Breves no Pará, precisamente no trajeto que os barcos fazem com
destino a Manaus, entre Breves, Melgaço e Portel, publicada pelo jornal O
Estado do Tapajós em novembro de 2006, tudo indica que até hoje não surtiu
nenhum efeito perante nossas autoridades que se sentem impotentes para
resolverem tal situação.
O que nos
faz chegar a essa conclusão são relatos de passageiros desses barcos que fazem
esses percursos diariamente de Belém a Manaus, que testemunham esse
envolvimento promíscuo entre adultos e adolescentes em troca de objetos,
alimentos e até mesmo dinheiro para a sobrevivência das mesmas junto a seus
familiares que geralmente moram na beira desses rios e seus afluentes.
Um desses
passageiros acostumado a fazer esse percurso de barco Belém Manaus, Manaus
Belém, conseguiu registrar um pouco da aventura dessas adolescentes, que
arriscando até mesmo suas próprias vidas em pequenas canoas, não medem esforços para
adentrarem os barcos com algumas mercadorias, que muita vezes servem até de
disfarces para encobrirem o principal motivo de suas aventuras arriscadas, subindo
nos mesmos em movimentos, sem se dar conta do perigo que estão correndo por um
descuido qualquer, caírem no rio e serem tragadas pela correnteza de suas águas
caudalosas.
Comprovem o que estamos dizendo nas imagens das fotos recém tiradas
de adolescentes do sexo feminino e masculino como também, de pessoas adultas,
tiradas pelo passageiro "Francisco" (nome fictício para preservar sua identidade) no seu retorno de Manaus para sua cidade de origem
no Ceará.
Esperamos que nossas autoridades apurem essa denúncia de forma mais rigorosa, fazendo uma investigação minuciosa, caso queiram solucionar de uma vez por todas esse problema crônico de exploração de crianças e adolescentes nesta região do Marajó, e dê uma satisfação a sociedade brasileira das medidas adotadas para garantia da proteção e da qualidade de vida, fundamentais ao desenvolvimento sócio-cultural desses seres em fase de desenvolvimento, carentes da proteção do Estado quando a família da qual fazem parte, não tem estrutura para protege-los dos maníacos e pedófilos que estão a serviço do mal para destruírem seres indefesos e inocentes.
MUITO DISCRETO PARA REGISTRAR OS FATOS...
PORQUE SE NÃO A TRIPULAÇÃO DO BARCO TE ABORDA
PARA PERGUNTAR O QUE SE ESTÁ FAZENDO ALI! COM CERTEZA, ESSA ADOLESCENTE DEVE ESTÁ CONFERINDO QUANTO RECEBEU PELO MOMENTO DE PRAZER QUE PROPORCIONOU AO SEU ABUSADOR.
FRUTAS NATIVAS DA REGIÃO |
Mulheres arriscando-se a embarcar no barco. |
...Para garnatir o pão de cada dia.
Segundo nosso informante, essa adolescente es
taria indo para um dos camarotes de passageiro.
Passageiro comprando frutas...
Aqui é no Barco Nilo Corrêa
na hora da Refeição, sem lugar para se sentar.
2 comentários:
Está de Parabéns por essa Reportagem viu meu Amigo Blogueiro!Continue denunciando esses abusos pelos Rios da Amazônia! E vamos ver se as Autoridades faz alguma coisa!
Um Grande Abraço e até uma outra oportunidade. eu Fã: Valmir Pereira dos Santos.
Ceará, 30 de Março de 2013.
Moro aqui no arquipélago Marajoara na cidade de Breves e gostei muito desta reportagem que mostra o dia a dia dessas meninas que vivem correndo atrás dos barcos que nevegam aqui pelos rios da nossa região. Na verdade tudo que é apresentado nesta matéria é verdade, apesar de ter mães de família e até mesmo jovens tanto moças como rapazes que arriscam suas vidas para venderem produtos naturais da nossa região para se sustentar e ajudar seus pais na despesa de suas casas, tem muitas garotas que se prostituem mesmo não só com tripulantes dos barcos a troco de roupas, sapatos, cestas básicas, como também com passageiros. É comum aqui na nossa região a gente vê garotas novas, adolescentes ficarem grávidas e a família não saberem que é o pai da criança porque foram gerados nos camarotes dos barcos que viajam de Belém para Manaus e de Manaus para Belém. Geralmente elas não usam camisinha para se protegerem correndo o risco até de pegar uma aides de elementos contaminados. O nosso Bispo Dom José até hoje corre perigo de vida aqui na região por ter feito essa denúncia sobre a exploração sexual de adolescentes aqui na nossa região e até hoje o governo do estado e nem o federal implantaram nenhuma política pública de proteção e prevenção desse crime que a cada dia cresce na nossa região daqui do Marajó. Quase todo dia temos notícia de abuso sexual contra adolescentes nos municípios do arquipélago do Marajó e ninguém faz nada para evitar isso. É muito bom ter alguém como o senhor seu jornalista Valter fazendo essas denúncias no seu blog porque assim quem sabe alguma autoridade de Brasília toma conhecimento e vem nos ajudar a sai dessa situação. Era bom se o senhor pudesse dar um pulinho aqui para ouvir as reclamações dos pais e mães de famílias que são vítimas desses abusos sexuais contra suas filhas e até filhos adolescentes também nenhuma autoridade toma providência. Só falam quando sai na televisão ou nos jornais que vão resolver só para se livrarem dos reporteres e depois viram as costas para esse grave problema da nossa região. Não vou nem falar do problema de drogas que corre solto aqui nos municípios e nada acontece porque quem está por trás de tudo isso, são pessoas muito poderosa que nem a polícia pode mexer e nós moradores não podemos abrir a boca se qusermos ter a nossa vida preservada. Nem os nossos vereadores daqui da região tem coragem de abrir a boca para denunciar os chefões do tráfego de drogas porque eles tem medo de morrer. Eu também não vou nem me identificar nessa minha reclamação porque se eu fizer isso, eu não vou ter o prazer de criar meus filhos que ainda são adolescentes e precisam muito de mim e eu sou uma pessoa muito conhecida aqui na região. Espero que o senhor publique essa minha reclamação mesmo sem a minha assinatura. Se as autoridades quiserem apurar o que eu estou dizendo aqui é só passar uma semana aqui na região que vão confirmar tudo o que estou dizendo aqui. Os municípios mais perigosos daqui da nossa região são Cachoeira do Arari, Salvaterra, Portel, Breves, Soure, Ponta de Pedras, Gurupá, Muaná e Melgaço.
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