Mesmo sob chuva, cerca de 40 pessoas apareceram com velas e cartazes.
Sob pressão, deputado deve ir para a Bolívia defender corintianos presos.
Manifestantes querem outro parlamentar à frente da
comissão (Foto: Nathalia Passarinho/G1)
comissão (Foto: Nathalia Passarinho/G1)
"É uma vigília pelo Estado laico. As manifestações estão ocorrendo em todo o país. Não são manifestações apenas de homossexuais ou pessoas sem religião. Todos estão protestando contra a permanência do pastor Marco Feliciano", afirmou a psicóloga Tatiana Lionço.
A chuva no início da noite em Brasília reduziu as expectativas quanto ao número de participantes. Mas o grupo que marcou presença encampou discursos sobre "racismo, o machismo e a homofobia".
"A chuva não vai parar a gente, não. Queremos que o Feliciano saia e outro deputado de outro partido assuma. O problema não é só o Feliciano, é o PSC inteiro, que é um partido fundamentalista", disse o estudante Lucas Peutel.
Bolívia
Nesta segunda, mesmo diante da pressão para sair, a assessoria de Feliciano disse que ele mantém a posição de não renunciar ao comando da Comissão de Direitos Humanos. Informou ainda que o deputado planeja viajar em missão oficial para a Bolívia para acompanhar a situação de torcedores corintianos presos naquele país. De acordo com a chefia de gabinete do deputado paulista, a viagem deve ocorrer na próxima semana.
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de um menino de 14 anos, durante jogo da Libertadores entre o clube
paulista e o boliviano San José. O adolescente foi atingido por um
sinalizador lançado da arquibancada da torcida corintiana.O anúncio da viagem ocorre em meio à pressão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do próprio PSC, para que Feliciano renuncie. Na última quinta, Henrique Alves afirmou esperar uma decisão do PSC sobre a renúncia de Feliciano até esta terça.
A assessoria do PSC informou que o partido vai se reunir nesta terça (26) para voltar a discutir a situação de Feliciano à frente da Comissão de Direitos Humanos. Eles também vão avaliar entrevista concedida pelo deputado à “Rede TV”, na qual ele afirma que só sairá da presidência do colegiado “se morrer”.
Pastor da igreja Tempo de Avivamento, Feliciano é alvo de dois processos no Supremo Tribunal Federal: um inquérito que o acusa de homofobia e uma ação penal na qual é denunciado por estelionato. A defesa do parlamentar nega as duas acusações.
O pastor causou polêmica em 2011 quando fez declarações em sua conta noTwitter sobre africanos e homossexuais. "Sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids, fome... Etc", escreveu o deputado na ocasião.
Recentemente, o pastor provocou novos protestos com a divulgação de um vídeo que dizia que as manifestações contra ele eram "rituais macabros". Na última terça-feira (19), em um programa da Rede TV!, Feliciano disse que continua disposto a não renunciar. A declaração foi feita antes da divulgação do vídeo.
COMENTÁRIO:
Pode ter certeza Pastor Deputado Feliciano, seus dias estão contados como Presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados !
O Brasil inteiro que não é fanático por religião está torcendo por isso, inclusive eu que sou servo do Senhor Jesus Cristo.
Valter Desiderio Barreto.
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