Susana aparece entrando e saindo de hotel em Barra do Piraí, RJ, sozinha.
Pais do menino e camareira serão ouvidos na próxima semana.
Manicure Susana do Carmo está em Bangu
(Foto: Divulgação / Seap)
(Foto: Divulgação / Seap)
Susana, que está presa no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, confessou ter matado João Felipe na segunda (25), depois de ligar para a escola onde ele estudava se passando pela mãe, pedir para que ele fosse liberado da aula e colocado em um táxi. O garoto foi levado para um hotel, onde acabou asfixiado. O corpo foi colocado em uma mala e achado pela polícia na casa de Susana. Uma das cinco versões dadas à polícia pela suspeita era de que o motivo do crime seria se vingar do pai da criança, com quem teria um relacionamento.
O delegado agora vai aguardar os laudos e pretende ouvir outras testemunhas na próxima semana, entre elas a camareira do hotel e os pais da criança.
Menino encontrado em mala é sepultado em Barra
do Piraí (RJ) (Foto: Reprodução Globo News)
do Piraí (RJ) (Foto: Reprodução Globo News)
José Mario Omena pretende ouvir o pai da criança, o empresário Heraldo Bichara Júnior, na próxima semana. Inicialmente, o depoimento dele estava marcado para a manhã desta quarta, mas um advogado da família foi à delegacia e informou que o pai não tinha condições de depor.
“Não adianta ouvir a testemunha assim, abalada. Temos que respeitar, deixar a poeira baixar, mas ele, o pai, é o depoimento mais importante, porque pode ajudar a esclarecer a motivação do crime”, contou Omena.
A polícia pretende entregar o inquérito para apreciação do MP após a quarta-feira (3).
Pai nega caso com manicure
O empresário Heraldo Bichara Júnior negou qualquer envolvimento com a suspeita, Susana do Carmo de Oliveira Figueiredo.
“Era sempre a mãe dele quem buscava e levava. Nunca mandamos táxi. Inclusive no início do ano foi nos dado uma ficha de autorização que a gente preencheu informando quem seriam as pessoas que poderiam buscar o João na escola. E somente eu, a Aline (mãe do garoto), meu pai e uma cunhada, que também tinha os filhos estudando no colégio, poderiam buscar ele na escola. Mas era sempre a Aline quem levava e buscava”, revelou.
Heraldo Jr. afirmou ainda que a família não pensa em processar a escola. “Não pensamos nisso, mas o colégio não pode querer jogar, dividir a culpa com a gente, que não temos. Essas versões apresentadas agora pelo colégio não condizem com a verdade”, concluiu.
Mapa e cronologia do crime em Barra do Piraí
(Foto: Editoria de Arte/G1)
(Foto: Editoria de Arte/G1)
Um dia após o enterro de João Felipe Eiras Bichara, o avô, Heraldo Bichara de Souza, declarou ao G1 que a família está “o pior possível”. Ele também afirmou que uma das versões apresentadas por Susana do Carmo de Oliveira Figueiredo de que teria um relacionamento com o pai do menino e, por isso, teria assassinado João Felipe, “não existe”.
“Estamos o piores do que você pode imaginar. Isso é uma calúnia, ela é uma psicopata, falando desse relacionamento com meu filho. Isso não existe. Ela quem teria interesse nele. Como pode uma pessoa que frequentava a casa do meu filho, que fazia a unha da minha nora toda a semana, fazer uma coisa dessa e ainda falar uma coisa dessa? ”, declarou Heraldo.
“Meu filho administra uma fazenda, sai às 5h para trabalhar e só retorna às 18h. À noite, estuda agronegócios. Que tempo que esse menino tem? Sábado ele também trabalha. E domingo está sempre almoçando com a nossa família. É uma loucura, ela deve estar com uma psicose qualquer. Não acredito que meu filho esteja envolvido. Isso é uma forma de defesa dela”, completou.
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