Uma das testemunhas arroladas no processo de investigação do assassinato do jornalista Décio Sá - Ricardo Santos Silva, o Carioca - morreu na manhã desta quarta-feira em um hospital público na capital maranhense, São Luís.
Apontado como uma das
principais testemunhas da trama que levou ao homicídio do jornalista, Carioca
levou sete tiros de pistola calibre .380 em um atentado, com características de
crime de encomenda, ocorrido em 3 de janeiro deste ano, e vinha se recuperando
na UTI do Hospital Estadual Carlos Marcieira (HCM), para onde foi levado a
pedido da família, que alegou incapacidade de arcar com os custos do tratamento
médico.
O
secretário Adjunto de Inteligência e Assuntos estratégicos da Secretaria de
Segurança Pública do Maranhão, Laércio Costa, afirmou que a morte da testemunha
trará prejuízos para a investigação, porque ele poderia confirmar várias
informações colhidas pela Polícia Civil maranhense. "Ele era um
"arquivo vivo", por isso sua morte foi encomendada", disse
Costa.
Segundo a Polícia, Carioca fazia parte da mesma organização criminosa
que operava esquemas de jogo ilegal, agiotagem e pistolagem em que atuavam os
mandantes do assassinato de Sá - Glaúcio Alencar Pontes Carvalho, 34, também
acusado de agiotagem.
De acordo
com a investigação, teria sido Carioca quem avisou Gláucio sobre o plano de
Fábio dos Santos Brasil Filho, 33, para matá-lo. Como reação, Gláucio mandou
executar Fábio Brasil, em Teresina (PI).
A divulgação do envolvimento do agiota
neste assassinato levou à trama que vitimou o jornalista. Ricardo Silva Santos
tinha várias pedidos de prisão, entre eles por participação em homicídios e
assaltos na cidade de Duque da Caxias, no Rio de Janeiro.
No Maranhão, era
acusado de participar, em 2009, do atentado contra Antônio Marcos Bezerra
Miranda, prefeito de Bom Lugar, município distante 500 quilômetros de São Luís.
Além
destes crimes, Carioca ainda era suspeito de comandar algumas das principais
casas de bingo clandestinas na capital maranhense e de financiar a produção de
caça-níqueis, cuja a renda serviria para financiar homicídios encomendados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário