Audiência começou na manhã desta segunda-feira e segue até a quarta.
Músicos são suspeitos de estupro contra duas adolescentes após show.
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Músicos chegaram acompanhados de advogados
(Foto: Imagem / TV Bahia)
(Foto: Imagem / TV Bahia)
A ação aconteceu no dia 26 de agosto, na cidade de Ruy Barbosa, na Bahia. Os integrantes da banda chegaram ao local acompanhados por advogados e foram recebidos por manifestantes da Marcha Mundial das Mulheres.
A audiência acontece no Fórum Dr. Edgar Mendes de Quintela, em Ruy Barbosa, e segue até a quarta – feira (20), onde 14 testemunhas de acusação e 32 de defesa serão ouvidas. De acordo com Cléber Andrade, advogado de parte da banda, das 32 testemunhas indicadas por ele, 4 residem no município de Ruy Barbosa e as outras são residentes de Salvador e Lauro de Freitas.
Duas testemunhas estão marcadas para serem ouvidas no dia 5 de junho, mas de acordo com a promotora Maria Jansen, responsável pelo caso, a finalização do processo pode ser determinada ainda esse mês e sem as duas testemunhas serem ouvidas. “A juíza pode entender que há provas substanciais e assim, determinar a pena”, afirmou a promotora.
Por volta das 10h30 a primeira testemunha de acusação foi ouvida e questionada pela juíza Marisa Marinho.
Protesto aconteceu na chegada dos músicos da banda New Hit (Foto: Imagens / TV Bahia)
Primeiro showOs integrantes da banda fizeram no dia 30 de dezembro de 2012, em Feira de Santana, a 107 Km de Salvador, a primeira apresentação após serem presos. No dia 5 de outubro, a participação da banda New Hit no Festival de Pagode, na capital baiana, foi cancelado pela Salvador Produções. Na ocasião, a empresa alegou que os integrantes da New Hit não tinham condições psicológicas para realizar a apresentação.
Caso
Nove integrantes da banda New Hit ficaram presos 38 dias e foram soltos no dia 3 de outubro mediante um pedido de habeas corpus. Junto com os integrantes da banda, um policial militar que fazia a segurança do grupo é suspeito de ter sido conivente com o crime. Todos eles, inclusive o PM, foram indiciados por estupro e formação de quadrilha no dia 25 de setembro.
Públicou lotou casa de show para ver músicos
(Foto: Imagem/TV Subaé)
(Foto: Imagem/TV Subaé)
Perguntado sobre a versão deles sobre as acusações, o vocalista da banda Eduardo Martins disse na época: "Não podemos falar sobre os fatos por segurança dos nossos advogados e não podemos entrar em detalhe sobre os fatos, mas a Justiça vai fazer justiça, e com fé em Deus todas as provas vão aparecer e as coisas vão ser bem encaminhadas", explicou o músico.
A festa aconteceu no município de Ruy Barbosa, enquanto o grupo tocava em um trio elétrico, na micareta da cidade. De acordo com a versão das meninas que acusam os integrantes, elas foram recebidas no ônibus do grupo para poder tirar fotos, quando o crime teria acontecido. Eles disseram que não têm costume de receber fãs no ônibus da produção.
Adolescentes apontam integrantes como autores
de estupro (Foto: Reprodução/TV Subaé)
de estupro (Foto: Reprodução/TV Subaé)
Denúncia
A juíza da Vara Crime de Ruy Barbosa, Márcia Simões da Costa, recebeu no dia 4 de outubro a denúncia de estupro qualificado pelo Ministério Público da Bahia, de autoria da promotora Marisa Marinho.
Em nota, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que a promotora relatou no documento que durante a ação uma das vítimas foi "puxada pelos cabelos, agredida fisicamente e xingada" por seis dos suspeitos. Na denúncia, a promotora classifica como "vis e animalescos" os atos cometidos contra a outra adolescente envolvida no caso.
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Em documento divulgado no dia 3 de outubro, a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Lúcia Barbosa, lamentou a soltura dos suspeitos. No documento, ela diz que “o caso merece atenção especial, uma vez que o ato possui características de crime hediondo, com participação de mais de um autor, contra vítimas que não puderam e nem conseguiriam esboçar qualquer reação de defesa”.
Ainda no documento, ela falou da importância dos responsáveis serem julgados para que o caso não fique impune. “Acreditamos que a Justiça dará os encaminhamentos necessários para a responsabilização dos acusados. O importante é não deixar este episódio impune. É preciso que o caso sirva de exemplo para a sociedade, evitando a possível sensação de impunidade. Esta é uma oportunidade de reafirmar que as mulheres baianas têm direito a uma vida sem violência”, pontuou.
Habeas corpus
Os nove integrantes da banda de pagode New Hit e o policial militar que fazia a segurança do grupo tiveram o primeiro pedido de habeas corpus deferido pela Justiça na manhã do dia 2 de outubro. O pedido foi julgado na 2ª turma da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), pelo desembargador Lourival Almeida Trindade, relator da sessão.
De acordo com o delegado Marcelo Cavalcanti, o laudo fornecido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), de Feira de Santana apontou que foi encontrada uma quantidade de sêmen nas roupas das meninas e de um dos músicos. Segundo a polícia, o resultado foi considerado prova material e influenciou no indiciamento dos suspeitos.
A polícia indicou ainda que o volume de sêmen localizado é "bastante" superior à quantidade de "uma, duas ou três pessoas". Por isso, foi solicitada a realização de exames de DNA para identificar a quem pertence o sêmen localizado pela perícia.
Agressão
Segundo relato das vítimas, elas foram até o trio da banda para pedir autógrafos e tirar fotos com os artistas. Um produtor do grupo teria orientado as garotas a ir para o ônibus da banda, onde denunciaram ter ocorrido a violência sexual. Segundo a polícia, dois integrantes admitiram que fizeram sexo com as adolescentes, porém com consentimento. Os outros negaram que tiveram relação sexual com as garotas.
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