Empresário Maurício Sampaio é apontado como mandante do crime.
Valério Luiz foi morto em julho, ao sair da rádio onde trabalhava, em Goiânia.
Maurício Sampaio foi detido no apartamento onde
mora coma família (Foto: Lailson Duarte/O Popular)
mora coma família (Foto: Lailson Duarte/O Popular)
O G1 tenta contato com a defesa de Maurício Sampaio. Procurado pela reportagem do G1, o irmão do empresário não quis comentar o assunto.
O ex-vice-presidente do Atlético foi alvo de duras críticas de Valério Luiz. Nos programas de rádio e de televisão dos quais participava, o cronista criticou várias vezes a atuação da diretoria atleticana. As emissoras onde ele trabalhava, inclusive, estavam proibidas de entrar na sede do clube.
De acordo com o delegado da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) Hellyton Carvalho, um dos responsáveis pela investigação, a prisão de Maurício Sampaio foi motivada pelo depoimento de um dos três suspeitos de executarem o crime. Um açougueiro, um policial militar e um suposto funcionário de Maurício Sampaio foram presos na manhã de sexta-feira (1º). De acordo com a polícia, o açogueiro confessou ter atirado no cronista.
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O delegado afirmou que o açougueiro forneceu informações importantes
que apontam o ex-vice-presidente como o principal mandante da execução.
“Nesse momento, ele realmente é o principal suspeito de ser o mandante.
E, se for confirmada essa participação, ele irá responder sob prisão
provisória até a decisão da Justiça. Não podemos dar mais detalhes para
não atrapalhar as investigações”, declara o delegado.- Suspeito de atirar em cronista esportivo confessa crime, diz polícia
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Segundo a Polícia Civil, Maurício Sampaio está detido em uma cela especial na Delegacia de Investigação de Homicídios, onde deve prestar esclarecimentos na próxima segunda-feira (4). “Ele nega participação no crime, mas estamos investigando o caso para concluí-lo o mais rápido possível”, enfatiza o delegado Hellyton Carvalho.
Em agosto do ano passado, o ex-dirigente do Atlético-GO prestou depoimento sobre o caso e negou relação com o assassinato. "O depoimento dele acrescentou muito nas investigações. Ele disse que tomou conhecimento do assassinato através da imprensa e que não tinha nenhuma relação com ele. Ele estava tranquilo, calmo, e foi chamado aqui só como testemunha mesmo. Nós o chamamos pelos comentários que o Valério fazia e pela carta que foi endereçada aos veículos onde Valério trabalhava" explicou na época a delegada Adriana Ribeiro.
Valério Luiz foi morto a tiros, em Goiânia
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O radialista Valério Luiz, de 49 anos, filho do também comentarista esportivo Manoel de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira, foi assassinado, na tarde do dia 5 de julho do ano passado, quando saía da rádio onde trabalhava, na Rua C-38, Setor Serrinha, em Goiânia.
Segundo as investigações, uma moto se aproximou e disparou seis tiros contra a vítima.
Valério chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O cronista esportivo faria 50 anos no último mês de dezembro.
Prisões
De acordo com a delegada Flávia Andrade, da Delegacia Investigações de Homicídios, na linha de participação na morte do cronista esportivo estão o executor e o homem que teria contratado o serviço. A terceira pessoa presa na sexta-feira é um policial militar suspeito de atrapalhar as investigações. Detido na Academia da Polícia Militar (PM), durante o depoimento, ele preferiu não se pronunciar.
Na sexta, a polícia não havia divulgado oficialmente o nome do suspeito de encomendar o homicídio. "Com relação ao mandante do crime, a gente tem informação passada pelo açougueiro apenas de que o contratante comentou com ele que o crime havia sido encomendado pelo patrão, porém sem citar nomes", explicou a delegada.
Ex-dirigente do Atlético havia prestado depoimento em
agosto de 2012 (Foto: Diomício Gomes/O Popular)
À polícia, o suspeito de atirar em Valério Luiz contou que mora na casa do ex-vice-presidente do Atlético-GO, Maurício Sampaio, mas não como funcionário e sim devido a uma relação de amizade. O imóvel, no Setor Serrinha, fica quase em frente à Rádio Jornal 820 AM, onde Valério trabalhava, e próximo à cena do crime.
De acordo com promotor do Ministério Público Paulo Santos, que acompanhou o depoimento, ele não paga aluguel para morar na casa, situada em uma das regiões mais nobres de Goiânia. "Ele cuida das piscinas e disse que tantos os caminhões dele quanto os caminhões do Maurício ficam lá", relatou.
Flávia Andrade confirmou o fato de o preso morar quase em frente à cena do crime. "O suspeito, por ter uma relação íntima de amizade e negociação com Maurício Sampaio, ficava na casa, não pagava aluguel e tomava conta da propriedade", afirmou a delegada.
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