Ingestão de bebidas alcoólicas, mesmo moderadamente, pode ser perigoso
Embora hábitos prejudiciais à saúde, como fumar, sejam instintivamente relacionados ao desenvolvimento de diferentes tipos de câncer,
o mesmo não acontece com o álcool. Exceder um pouco na bebida de vez em
quando e beber socialmente com certa frequência não é visto como
problema por grande parte das pessoas. Entretanto, um estudo publicado
ontem (14) no Americam Journal of Public Health mostrou que uma em cada 30 mortes por câncer nos Estudos Unidos está ligada ao consumo de álcool.
Segundo o autor do estudo, David Nelson, diretor do Cancer Prevention Fellowship Program, quanto mais álcool um indivíduo consome, maior o risco de desenvolver um câncer, mas, na verdade, não há um limite seguro de ingestão de bebidas alcoólicas. Para chegar a essa conclusão, ele e uma equipe de pesquisadores coletaram dados de diversas fontes, incluindo o Alcohol Epidemiologic Data System (2009), o Behavioral Risk Factor Surveillance System (2009) e o National Alcohol Survey (2009-2010).
A pesquisa mostrou que cerca de 30% das mortes relacionadas a tipos de câncer diretamente relacionados ao álcool, como o câncer de esôfago, estão associadas à ingestão moderada de bebidas alcoólicas. Eles descobriram ainda que o álcool apresenta uma ligação acentuada com o câncer de mama, sendo responsável por 15% das mortes pela doença. Os resultados indicaram ainda outro dado importante: mortes por câncer relacionadas ao álcool estão relacionadas ao encurtamento da vida em 18 anos, em média.
Dr. David ressalta ainda que muitas pessoas defendem o consumo de álcool com o argumento de que ele protege o coração. Entretanto, olhando um contexto mais abrangente, é possível afirmar que a bebida alcoólica provoca 10 vezes mais mortes do que previne. Confira a seguir como o álcool age no seu corpo e como afeta sua saúde:
Segundo o autor do estudo, David Nelson, diretor do Cancer Prevention Fellowship Program, quanto mais álcool um indivíduo consome, maior o risco de desenvolver um câncer, mas, na verdade, não há um limite seguro de ingestão de bebidas alcoólicas. Para chegar a essa conclusão, ele e uma equipe de pesquisadores coletaram dados de diversas fontes, incluindo o Alcohol Epidemiologic Data System (2009), o Behavioral Risk Factor Surveillance System (2009) e o National Alcohol Survey (2009-2010).
A pesquisa mostrou que cerca de 30% das mortes relacionadas a tipos de câncer diretamente relacionados ao álcool, como o câncer de esôfago, estão associadas à ingestão moderada de bebidas alcoólicas. Eles descobriram ainda que o álcool apresenta uma ligação acentuada com o câncer de mama, sendo responsável por 15% das mortes pela doença. Os resultados indicaram ainda outro dado importante: mortes por câncer relacionadas ao álcool estão relacionadas ao encurtamento da vida em 18 anos, em média.
Dr. David ressalta ainda que muitas pessoas defendem o consumo de álcool com o argumento de que ele protege o coração. Entretanto, olhando um contexto mais abrangente, é possível afirmar que a bebida alcoólica provoca 10 vezes mais mortes do que previne. Confira a seguir como o álcool age no seu corpo e como afeta sua saúde:
Estágio 1: enquanto você ainda está sóbrio
A psicobióloga Maria Lúcia Formigoni, chefe do departamento de Psicobiologia da Unifesp, explica que as moléculas de álcool são pequenas e solúveis. Isso significa que elas chegam muito rapidamente a todos os nossos tecidos, principalmente ao fígado, órgão responsável por 90% da metabolização do álcool, que é então transformado em acetaldeído. Essa substância é a responsável pelos efeitos danosos associados ao consumo de álcool. E, mesmo enquanto você está sóbrio, ela já está se acumulando no seu organismo e deteriorando sua saúde. "Os sintomas da ressaca, como as dores de cabeça, a pressão arterial elevada e a taquicardia, são causados pelo excesso dessa substância no organismo", explica a especialista.Estágio 2: Euforia
À medida que você continua a beber, a quantidade de acetaldeído presente no seu corpo continua a se acumular. Em consequência, a dopamina - um neurotransmissor relacionado à sensação de bem-estar - atinge níveis cada vez mais altos. "A dopamina age na via cerebral da recompensa e promove a sensação de euforia, felicidade, característica do consumo excessivo do álcool", explica Maria Lúcia Formigoni. No entanto, a especialista explica que essa sensação é relativa e que nem todas as pessoas experimentam as mesmas sensações.Estágio 3: Instabilidade emocional e depressão do Sistema Nervoso Central
Se você continuar bebendo, a sensação de euforia logo dará lugar a outra emoção. "Começa a ser sentido o efeito de outro neurotransmissor, responsável por estimular o sistema GABA (ácido gama-aminobutírico), principal inibitório do Sistema Nervoso Central", explica Maria Lúcia. Ocorre então uma competição entre a dopamina e o sistema Gama, que acaba ganhando a disputa e deprimindo as atividades cerebrais. Em consequência, a ansiedade é diminuída e a sensação de sono aumenta.O grande problema está na desestabilização do sistema cerebral. "O funcionamento cerebral anormal resultará em alterações do comportamento, afinal, o controle do sistema racional não está eficiente", conta a psicobióloga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário