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segunda-feira, janeiro 28, 2013

Sobreviventes de tragédia nos EUA comentam incêndio em Santa Maria

Em 2003, 100 pessoas morreram em incêndio em boate de Rhode Island.
'Não estou surpreso de que ninguém aprendeu', diz sobrevivente.


Assim como o trágico incêndio que matou 231 pessoas no último domingo em uma boate de Santa Maria (RS), ha 10 anos o fogo também atingiu uma danceteria do estado americano de Rhode Island, nos Estados Unidos, matando 100 pessoas e ferindo 200 após um show pirotécnico. Nesta última década, os sobreviventes do episódio relembram o ocorrido a cada notícia de desastre similar.

"Estamos muito incomodados", disse o sobrevivente Todd King. "Não dá para colocar em palavras o que vimos." Ele disse que foi acordado no domingo de manhã com mensagens de texto de outros sobreviventes do incêndio de Rhode Island, perguntando: "Você pode acreditar que isso está acontecendo de novo?". "Não estou surpreso que ninguém aprendeu", disse ele.

Outra sobrevivente de Rhode Island, Victoria Eagan, disse que ela e outros notaram que todos os três últimos incêndios foram causados por shows pirotécnicos em ambientes fechados com material inflamável no edifício. "Eu tive a mesma reação das últimas três vezes. Estamos condenados a repetir a história, e eu gostaria que aprendêssemos."

No ano que se seguiu ao incêndio de Rhode Island, uma faísca no teto de espuma de uma discoteca superlotada em Buenos Aires, Argentina, provocou um incêndio que matou 194 pessoas. O mesmo tipo de efeito pirotécnico foi o responsável por um incêndio em um clube de Bangcoc, na Tailândia, na véspera do Ano Novo de 2008, em que 66 pessoas morreram.

Em Rhode Island, o incêndio levou a grandes mudanças na legislação estatal relativa a incêndios, com o objetivo de que isso nunca se repita.

Aspersores são agora obrigatórios em discotecas e bares com limites de ocupação de 100 ou mais pessoas, os funcionários devem ser treinados em segurança contra incêndio, e mais dinheiro foi reservado para as aulas de segurança contra incêndio nas escolas. Rhode Island também baniu shows pirotécnicos em qualquer lugar - exceto locais públicos abertos.


Memorial improvisado no local do incêndio que matou 100 em West Warwick, Rhode Island, em 20 de fevereiro de 2003, é visto em 17 de setembro de 2012 (Foto: AP) 
Memorial improvisado no local do incêndio que matou 100 
em West Warwick, Rhode Island, em 20 de fevereiro de 
2003, é visto em 17 de setembro de 2012 (Foto: AP)
 
Eagan disse que as mudanças eram necessárias em Rhode Island. "Gostaria que isso se espalhasse para outros países", disse ela. Para a sobrevivente, um incêndio mortal no exterior não parece tão distante por causa da tragédia de Rhode Island. "É uma tragédia que atinge perto de casa", disse ela. "É enlouquecedor ver isso acontecer de novo."

Em um comunicado enviado por email, a Fundação Memorial do Corpo de Bombeiros dos EUA, que está construindo um memorial para os afetados pelo incêndio de 2003, comparou os dois incêndios. "Não se pode deixar de notar as semelhanças entre a tragédia [no Brasil] e o incêndio na boate que ocorreu há quase 10 anos", disse o grupo.

5 comentários:

Roberval Taylor disse...



Quem quer apostar que vai continuar tudo do mesmo jeito? Na terra da baderna (com B de Brasil) a cultura da malandragem não aceita denúncias pois o negócio aqui é entrar no esquema e se dar bem. Os agentes do Estado (fiscais, bombeiros e policiais) dão carteirada pra entrar nos estabelecimentos e eventos sem pagar, em troca de fazerem vistas grossas para as irregularidades. E o povinho, mesmo vendo as irregularidades, não denunciam por que malandro que é malandro não entrega ninguém, entra no esquema. E aí vem o carnaval. São novas possibilidades de tragédias.

Alan Ferreira da Silva disse...

Falou tudo que devia ter falado amigo Roberval Taylor ! É isso mesmo. Não se deve atribuir somente as nossa autoridades brasileiras a responsabilidade de vigiarem as irregularidades de certos estabelecimentos comerciais destinados a receberem inúmera quantidade de clientes frequentemente, para participarem de eventos como esse que aconteceu em Santa Maria e que resultou nessa tragédia anunciada.A obrigação também é dos seus frequentadores que mesmo vendo as irregularidades praticadas pelos próprietários desses estabelecimentos não reclamam e nem denunciam aos órgãos competentes de fiscalização e se caso persista a omissão dos mesmos (proprietários), é só deixar de frequentar o tal estabelecimento. A grande mídia perdeu uma grande oportunidade de chamar a atenção dos frequentadores desses ambientes e outros similares, mesmo nesse momento de dor e tristezas pela perda de centenas de vidas, para à partir deste momento passasse a fiscalizar as estruturas de segurança para os usuários desses imóveis utilizados para festas ou outros tipos de atividades que reúna quantidades de pessoas em seus recintos, cobrando de seus proprietários os devidos ajustes necessários para garantia da integridade física dos seus clientes, e não sendo ouvidos, denunciarem as autoridades competentes e se mesmo assim, persistir o problema, deixem de frequentar o tal ambiente que com certeza, os prejuízos acumulados pela ausência de clientes, contribuirão para que seus proprietários invistam na qualidade e na segurança do seu empreendimento em benefício de seus clientes. Tá dado o recado. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Cleder Gomes disse...



agora que prenderam os ratos, será que vão prender quem armou a ratoeira? por ex. quem liberou pra funcionar uma boate sem extintores? o prefeito e vereadores que não viram que essa casa em pleno centro funcionava irregularmente? as universidades que não fiscalizam essas festas estudantis também não são culpadas pela tragédia?

Guilherme disse...



Aqui a única preocupação é com o dinheiro, quanto se vai lucrar. Pessoas e cidades não passam de meras objetos para se alcançar aquele objetivo. Neste aspecto PT, PSDB e os outros partidos são irmãos siameses.

Eleitor disse...





Quem comanda fiscalização no Brasil são os politicos amigos dos empresarios



Leiam mais comentários dessa matéria na página do G1 da Globo.

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