Cerca de 1.450 famílias de ribeirinhos vivem sem energia elétrica.
Último Censo apontou que 715.939 famílias viviam às escuras no país.
Luz, Maria Rosineide Costa só vê de longe. A cidade iluminada fica do outro lado da ilha. Onde o jeito é acender a lamparina, nem sempre dá para ligar a bateria. “É R$ 5 a carga de bateria que eles cobram. Às vezes, a gente não tem, aí fica sem energia”, diz.
Nas ilhas de Tucuruí, no sudeste do Pará, bem perto da maior usina hidrelétrica brasileira, cerca de 1.450 famílias de ribeirinhos vivem sem energia elétrica. O pescador José Louzada não se conforma. “Eu trabalhei, construí essa hidrelétrica e moro no escuro”, diz.
O último Censo do IBGE apontou que 715.939 famílias viviam às escuras no país, mas, segundo o Ministério das Minas e Energia, metade já foi beneficiada pelo programa Luz para Todos. E a promessa é iluminar o restante até 2014.
Só que esse benefício não deve chegar para os moradores das ilhas. O coordenador regional do programa Luz Para Todos explica que o custo para construir subestações que levem energia até eles é muito alto. “Você teria que colocar torres metálicas para chegar às ilhas, e são várias ilhas. É uma coisa de viabilidade econômica impensável em fazer.
A forma alternativa que a gente encontrou foi a fotovoltaica, através do sistema de painéis solares”, afirma Luiz Galiza.
Ainda não há previsão para a instalação desses painéis. Enquanto isso, resta a quem mora nas ilhas sonhar em ver a casa iluminada, usar eletrodomésticos, beber água geladinha e aposentar de vez as lamparinas.
“Que venha a energia para cá para a gente comprar tudo que a gente tem vontade: TV, DVD, geladeira, tudo que pega energia eu tenho vontade de ter na minha casa”, diz a moradora Marinete Silva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário