'Não se impôs e não pediu a palavra', diz arcebispo que participou da festa.
Cerca de 700 pessoas de várias regiões do país foram ao encontro.
O
ex-ativista político italiano Cesare Battisti distribuiu
autógrafos e
tirou fotos no 11º Encontro da Família Battisti
no distrito de Bom
Princípio, em Toledo, no oeste
do Paraná (Foto: Murilo Battisti)
O arcebispo de Maringá, no norte do estado, Dom Anuar Battisti, esteve no encontro e contou ao G1 que a presença do ex-ativista foi tranquila. “Ele foi muito discreto, não se impôs e não pediu a palavra. Ele foi com os livros dele, deu autógrafo e tirou fotos”. Segundo o arcebispo, Batistti chegou ao local antes das 9h e foi embora pouco antes das 17h.
O arcebispo explicou que a intenção do encontro é fazer a integração da família e promover novos relacionamentos entre os parentes. “Vem gente da Bahia, da Paraíba, de Goiânia, do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, de todo o país”.
Murilo Batistti, de 24 anos, que, atualmente mora em Tupãssi, no oeste paranaense, também participou do encontro da família. “O Battisti ficou ‘à paisana’ no encontro. Ele ficou do lado de fora [do galpão onde foram servidas as refeições e realizadas as atividades]. Eu o cumprimentei, mas não conversei com ele. Até queria, mas tinha muita gente”, lembrou.
Condenado
Condenado na Itália por quatro assassinatos ocorridos na década de 1970, quando era integrante de um grupo armado de esquerda, Battisti foi preso no Rio em 2007 e ficou detido em uma penitenciária nos arredores de Brasília até a libertação, em 9 de junho de 2011.
O italiano saiu da prisão por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou o recurso com pedido de extradição dele à Itália.
COMENTÁRIO:
Como sempre, a Justiça brasileira é bastante generosa e benevolente com criminosos não só brasileiros, como também estrangeiros.
Primeiro foi o folclórico Ronald Biggs, que virou "celebridade" ao se refugiar no Brasil, Ronald Biggs, conhecido como o "ladrão do século" pelo assalto ao trem pagador de Glasgow (Escócia), em 1963, viveu mais de 35 anos no Brasil.
Ele decidiu se entregar às autoridades britânica em 2001, depois de ter permanecido foragido durante 36 anos, porque estava falido e doente.
Ronald Biggs
Agora Cesare Battisti condenado na Itália por quatro assassinatos, não sabemos se o mesmo terá a mesma atitude do Ronald Biggs, de se entregar a justiça italiana antes que seus "vingadores" italianos façam, "justiça com as próprias mãos", aí, as autoridades brasileiras colecionarão mais uma derrota em suas decisões de afrontarem o povo brasileiro, sendo condescendente com bandidos e criminosos contumazes.
Valter Desiderio Barreto
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