Edição de 09/09/2012 |
Caso Banpará
Depois do mensalão, julgamento de Jader deverá servir de exemplo à sociedade
BRASÍLIA
THIAGO VILARINS
Da Sucursal
Há no
meio jurídico a expectativa de que tão logo seja concluído o julgamento
do mensalão, considerado um marco pedagógico no combate à corrupção no
Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) se ocupe do julgamento de
processos envolvendo outros políticos acusados de corrupção, entre eles
Jader Barbalho, alvo de três processos nas mãos do relator, ministro
Ricardo Lewandowski.
Nos bastidores do Supremo se comenta que o caso Banpará (Banco do Estado do Pará) deva ser o primeiro deles (AP 398). O ministro já tinha 80% do seu parecer pronto quando teve que descer o caso para a justiça inferior, por artimanha de Jader, que renunciou ao mandato de deputado federal no final do ano de 2010, com o objetivo de empurrar o seu julgamento.
No entanto, no último mês de março, o processo retornou para a apreciação de Lewandowski, que já teria finalizado o seu voto. Ele ficou quarenta dias exatos com o processo, antes de se dedicar, exclusivamente, à revisão do processo do mensalão, no início de maio.
Nos bastidores do Supremo se comenta que o caso Banpará (Banco do Estado do Pará) deva ser o primeiro deles (AP 398). O ministro já tinha 80% do seu parecer pronto quando teve que descer o caso para a justiça inferior, por artimanha de Jader, que renunciou ao mandato de deputado federal no final do ano de 2010, com o objetivo de empurrar o seu julgamento.
No entanto, no último mês de março, o processo retornou para a apreciação de Lewandowski, que já teria finalizado o seu voto. Ele ficou quarenta dias exatos com o processo, antes de se dedicar, exclusivamente, à revisão do processo do mensalão, no início de maio.
Quem
reforça a informação é uma fonte interna da Justiça Federal que teve
acesso ao relatório do ministro. "Quando a ação penal estava no STF, ela
já estava praticamente pronta, faltavam detalhes. Agora, ela está
pronta para sair do forno e ir a julgamento", relata.
O julgamento do caso Banpará pode representar um recado para a sociedade, de que, assim como o mensalão, o Supremo não tem intenção de empurrar, ainda mais, o desfecho dos maiores casos de corrupção da história recente do País, que, na maioria, se arrastam até 20 anos na Justiça.
O julgamento do caso Banpará pode representar um recado para a sociedade, de que, assim como o mensalão, o Supremo não tem intenção de empurrar, ainda mais, o desfecho dos maiores casos de corrupção da história recente do País, que, na maioria, se arrastam até 20 anos na Justiça.
Nesse
rol também consta o escândalo do caso Sudam (Superintendência de
Desenvolvimento da Amazônia), que, em 2012, completou dez anos, com um
rombo de, pelo menos, R$ 4 bilhões dos cofres públicos. O caso também
protagonizado por Jader, se tornou um dos símbolos da impunidade no
Brasil, já que, até agora, as punições são raras e o dinheiro nunca
voltou aos cofres públicos.
Citando só os processos que envolvem Barbalho no Supremo, são no total seis ações penais paradas por peculato, crimes contra o sistema financeiro, falsidade ideológica, quadrilha ou bando e emprego irregular de verba pública. O político, que é um dos recordistas de processos na Justiça, ainda responde por mais três inquéritos criminais.
Citando só os processos que envolvem Barbalho no Supremo, são no total seis ações penais paradas por peculato, crimes contra o sistema financeiro, falsidade ideológica, quadrilha ou bando e emprego irregular de verba pública. O político, que é um dos recordistas de processos na Justiça, ainda responde por mais três inquéritos criminais.
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