Animal-atleta está na Festa do Peão, que vai até domingo (26).
Ele consome o produto após longas viagens e no dia seguinte ao rodeio.
Touro Pesadelo, que está participando da Festa do Peão (Foto: Clayton Castelani/ G1)
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Misturado à ração feita de soja, trigo e milho e enriquecida com
aminoácidos, o isotônico é composto de cálcio, sódio, potássio e outros
sais minerais. O produto é dado aos animais logo após longas viagens e
no dia seguinte ao rodeio. “Assim como os humanos, os touros têm um
estresse fisiológico após o esforço e isso faz com que eles percam sais
minerais, por isso decidimos fazer essa reposição”, conta o
médico-veterinário Gustavo Lucianeti, de Adamantina (SP).Foi de Lucianeti a ideia de dar alimento de atleta para os bichos. “A maioria dos touros é alimentada com ração para gado de abate, que é feita para aumentar o peso do animal durante o confinamento. Não era coisa para ruminante de esporte, que é o touro de competição.”
Tratador mistura isotônico à ração dos touros (Foto: Clayton Castelani/ G1)
Estrelas
Touros de rodeio têm, obrigatoriamente, tratamento diferenciado. Quem afirma isso é o tratador Rodrigo Ferreira de Souza, de 30 anos, responsável por cuidar de animais como Pesadelo e Murubu, dono da 7ª posição no ranking de 2012 da Professional Bull Riders Brasil, braço brasileiro da principal liga internacional de rodeios. “São patrimônios”, explica Souza, que garante que os dois animais valem, juntos, cerca de R$ 500 mil, dinheiro suficiente para comprar mais de 20 touros.
Manter boiadas para esse tipo de esporte – sim, os organizadores consideram montarias em touros como um tipo de esporte radical – realmente custa caro. “Só com ração sai mais de R$ 5 mil por mês”, calcula Souza, referindo-se ao custo para alimentar a tropa com 15 animais.
Murubu é o 7º no ranking de 2012 da Professional Bull Riders (Foto: Clayton Castelani/ G1)
Pesadelo
Trajado com a camiseta estampada com o nome e a cara da estrela da companhia, Souza é mais que o tratador de Pesadelo. “Sou fã mesmo”. Embora descreva o animal como difícil de ser montado, ele diz que o touro é, na verdade, o sonho de qualquer peão. “No sorteio, todo peão quer o Pesadelo. Quem fica em cima dele [por mais de oito segundos] só tira nota acima de 90”.
Escolhido pelos competidores como um dos cinco melhores entre aqueles que disputaram em 2011 as etapas brasileiras da PBR, Pesadelo consegue levar peões para perto da pontuação máxima – que é a nota 100 – devido aos seus saltos ritmados e constantes giros na arena. Na melhor performance da trajetória dele, o touro ganhou uma raríssima nota 94. Souza guardou a imagem da montaria no celular. “Assisto quando estou chateado, aí tudo vale a pena”.
Com camiseta estampada com o nome e a cara de Pesadelo - ao fundo - Souza também é fã do touro (Foto: Clayton Castelani/ G1)
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