Os pioneiros desbravadores assentaram-se na região atravessando o rio Pardo a partir da Fazenda Santo Inácio, cuja posse se estendia desde o Morro do Chapéu, atual Morro Agudo, até a barranca do rio. Os Marques e os Barreto se estabeleceram em dois assentamentos, dando início a um primeiro núcleo que passou a servir de pouso e referência de uma vasta região.
A Fazenda dos Barreto teve suas primeiras construções situadas onde hoje se encontra o Hospital Psiquiátrico Mariano Dias. A fazenda dos Marques, chamada Fortaleza, desenvolveu-se a partir do atual Largo do Rosário. Em 1845 as duas famílias pioneiras resolveram delimitar uma gleba de 82 alqueires, que passou a denominar-se "Patrimônio do Divino Espírito Santo". No mesmo ano foi construída a primeira capela e a paróquia providenciou, então, a primeira "planta da cidade", que nascia organizada em quadras e datas abrangendo os 82 alqueires do patrimônio. Mas um acidente natural de grandes proporções, "o fogo de 70", alterou fundamentalmente as condições de ocupação da Região.
Rigoroso, o inverno de 1870 provocou uma forte geada que deixou ressequida a vegetação. Ocorreu então um grande incêndio que calcinou a floresta. A chegada da primavera e das chuvas fez surgir uma imensa pastagem natural que, devido a qualidade das terras, estabeleceu condições excepcionais para a engorda de gado.
O grande incêndio facilitou a penetração nos campos e a formação de novas fazendas, atraindo novos colonizadores para uma extensa região da qual Barretos tornou-se principal centro comercial. O avanço do café pelas regiões Mogiana e Araraquarense, no início do século XX, atingiu a região, principalmente as áreas hoje ocupadas pelas cidades de Olímpia e Colina.
Com o café chegaram imigrantes europeus e em seguida os árabes, que se integraram ao processo de produção agrícola e ao comércio. Começa nesta época o desenvolvimento dos aspectos urbanos da cidade com a abertura de novas ruas, segundo a planta original. A ferrovia chegou a Barretos em 1909, redirecionando o crescimento da cidade. Surgiram pelos lados da antiga Fazenda Fortaleza entrepostos, depósitos, máquinas de beneficiamento de cereais e atividades afins. Em 1913 instalou-se a Companhia Frigorífica Anglo Pastoril, que construiu a vila operária e as instalações industriais junto a um ramal ferroviário, às margens do ribeirão Pitangueiras.
Em 1924 a empresa passou a denominar-se Sociedade Anônima Frigorífico Anglo e a ser controlada por ingleses, que ampliaram as instalações e introduziram novas técnicas. A construção da vila residencial para os administradores ingleses e funcionários graduados influenciou a paisagem urbana da cidade, com o surgimento das "bungalows", nas décadas de 20 e 30.
Além do fogo em 1870, Barretos experimentou outros surtos de progresso que marcaram sua evolução econômica, a Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), a Guerra Abissínia (1935) e a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) proporcionaram forte incremento nas exportações de carne e enlatados, fazendo com que a pecuária de corte se afirmasse sobre outras atividade econômicas.
Nas décadas de 40 e 50 a cidade experimentou um surto de progresso, ampliando serviços públicos como pavimentação, infra-estrutura de saneamento, energia elétrica e telefonia. No final da década de 50 a rodovia que liga a cidade de São Paulo foi pavimentada, estabelecendo definitivamente o acesso fácil a capital.
O Aniversário de BARRETOS é comemorado em 25 de Agosto.
CLIMA
O clima no município é predominantemente quente e seco. No verão são registradas temperaturas médias que variam dos 30 aos 38 graus. No inverno a variação média vai dos 13 aos 20 graus.
ATIVIDADES ECONÔMICAS
A economia do município é baseada principalmente na produção de carne, citrus, borracha, grãos e mais recentemente na cana-de-açúcar, e ainda na industrialização de carne tanto para o mercado interno quanto para o externo, e numa atividade comercial e de prestação de serviços com abrangência regional.
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